quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

UEFA pagará aos clubes por cada jogador nas seleções nacionais

A guerra dos grandes clubes europeus contra as seleções nacionais começou a ser vencida nesta semana.

O presidente da UEFA, Michel Platini, assinou um acordo para que os clubes recebam 4 mil euros ao dia por cada jogador cedido às seleções nacionais durante os campeonatos europeus de 2008 (Eurocopa e Eliminatórias para a Copa de 2010).

O dinheiro do pagamento será retirado dos lucros da organização dos torneios geridos pela própria UEFA.

A decisão foi anunciada pelo presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas(foto), que também dirige o grupo de clubes G14, que, atualmente, é formado pelas maiores potências do continente e, futuramente, será dissolvido para dar lugar à Associação dos Clubes Europeus, muito mais abrangente.

Aulas ainda disse que o prêmio deve aumentar para 5 mil euros ao dia no ano de 2012. Esse acordo recebeu o respaldo da Fifa e também valerá a partir da Copa do Mundo de 2010, quando os clubes receberão 2 mil euros ao dia por cada atleta..

Essa é uma briga antiga dos clubes do G14, que reclamam que precisam ceder a maioria de seus times para as seleções, correndo o risco dos jogadores sofrerem lesões, além do desgaste físico.

O assunto é polêmico. Você acha que as seleções ou as confederações continentais devem pagar pelos jogadores convocados?

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Seleção pentacampeã vale quase o mesmo que a Arábia Saudita

Na semana passada, o torcedor brasileiro ficou surpreso com o anúncio do acordo entre a seleção da França e a Nike por US$ 63,3 milhões (R$ 107,6 milhões), enquanto a Seleção Brasileira, pentacampeã mundial, recebe U$ 12 milhões dos americanos, cinco vezes menos que os franceses, campeões do mundo apenas em 98, quando jogaram em casa.

Agora é a vez do fraco selecionado da Arábia Saudita fechar um acordo quase similar ao da equipe canarinho. Os árabes acertaram contrato de quatro anos com a marca Sela Sport, que pagará U$ 10 milhões por temporada.

O México é outra equipe que recebe praticamente o mesmo valor que o Brasil. Eles também são patrocinados pela Nike e têm um acordo de U$ 11 milhões por ano.

O mais bizarro disso tudo é que, em 2006, a CBF renovou automaticamente o seu vínculo com a Nike, pois o honesto doutor Ricardo Teixeira disse que nenhuma outra empresa apareceu para fazer concorrência.

No ano passado, o Corinthians, que também é patrocinado pela marca norte-americana, renegociou o contrato e conseguiu valorizar o preço do patrocínio.

A França, que continuará sendo patrocinada pela Adidas até 2011, três anos antes do término do contrato, fez uma licitação. Assim, recebeu várias ofertas e optou pela mais vantajosa.


Até quando teremos que agüentar gente metendo a mão nos cofres de um dos maiores patrimônios que o Brasil tem? Quando isso vai mudar e os clubes, hoje com rabo preso, terão autonomia para poder votar em quem quiser?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Que fase hein, Ceni!

O São Paulo começou o ano de 2008 como o grande time do Brasil. Manteve a base do título brasileiro de 2007 e ainda trouxe reforços, credenciando-se aos títulos da Libertadores e do Paulistão.

Mas o ano começou e o bom futebol do ano passado ficou em 2007. Com novos jogadores, como o Imperador Adriano, o São Paulo mudou sua forma de jogar e ainda não encontrou sua melhor formação.

E, para piorar, perdeu seu ponto forte do último Brasileirão: a defesa quase imbátivel. No torneio nacional, o Tricolor sofreu apenas 19 gols em 38 jogos. Só no Paulistão deste ano, a meta de Rogério Ceni (foto) já foi vazada 12 vezes em apenas 11 jogos.

A saída de Breno para o Bayern de Munique (ALE) pode explicar os números abaixo do esperado pela torcida são-paulina. Juninho chegou do Botafogo e ainda não convenceu. Alex, que também voltou de empréstimo do time carioca, mostrou porque já foi dispensado do São Paulo antes.

A má fase de Richarlyson, que fez ótima dupla com Hernanes em 2007, também é um dos motivos. O sucesso parece ter subido à abeça do polivante jogador, que está com a cabeça quente e reclama de todas as faltas sofridas e cometidas. É um xilique atrás do outro! Futebol que é bom, nada.

Rogério Ceni também não anda ajudando. O goleiro tem falhado seguidamente, principalmente nos chutes de longa distância, dando rebotes antes inaceitáveis para um arqueiro de seu nível. Ele reconhece que a fase não é boa, mas crê em uma melhora.

E a torcida do São Paulo espera que esta melhora seja vista rapidamente. A Libertadores começa nesta quarta-feira para o Tricolor e é preciso muito mais do que já foi apresentado para buscar o tetracampeonato.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Triste capítulo na história do Fenômeno

O atacante Ronaldo (foto) teve ontem mais um triste capítulo com contusões em sua carreira. Na partida contra o Livorno, o Fenômeno entrou no time do Milan no segundo tempo e com menos de 3 minutos em campo sofreu uma grave lesão.

A ruptura do tendão patelar do joelho esquerdo deve tirar Ronaldo dos gramados por cerca de um ano. A contusão é idêntica a aquela já sofrida pelo jogador, ainda quando jogava pela Inter de Milão, em 2000, mas desta vez foi no joelho esquerdo.

A cena do Fenômeno saindo de campo chorando na maca faz lembrar as sérias lesões que o atacante já sofreu e superou. Desde sua saída do Barcelona para a Inter de Milão, o joelho de Ronaldo acusa o esforço feito no seu início de carreira.

O atacante saiu franzino do Cruzeiro para jogar no PSV, da Holanda. Lá, foi submetido a um intenso tratamento para fortalecer sua musculatura. Ganhou massa, velocidade e explosão em seus arranques, que lhe renderam o prêmio de melhor jogador do mundo em três ocasiões e o apelido de Fenômeno.

Após a grave lesão na Inter de Milão e sua operação em 2000, o craque só voltou aos gramados na Copa do Mundo de 2002. E em grande estilo, sendo campeão e artilheiro. Chegando ao Real Madrid, superou os problemas no joelho, mas começou a ter uma série de problemas musculares.

Sem muito sucesso entre os 'Galácticos' do Real, Ronaldo seguiu para o Milan e os problemas não mudaram. A musculatura do Fenômeno seguiu frágil e o impedindo de atuar pelo time italiano. E agora é o joelho, desta vez o esquerdo, que volta a atormentar o atacante.

Hoje, aos 31 anos, o craque deve demorar um pouco mais para recuperar-se. Além disso, será preciso cuidar do lado psicológico do Fenômeno, que não deverá ter a mesma motivação para voltar a jogar, pois já conquistou tudo o que poderia como jogador.

Vai ser preciso esperar para saber a reação de Ronaldo em sua recuperação. Será que o craque terá a mesma disposição para voltar a jogar e continuar brilhando? Só com o tempo podermos saber e, quem sabe, assistir Ronaldo novamente em ação pelos gramados do mundo!

E você, acha que a carreira de Ronaldo está em risco?


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Romário, Eurico e a estátua

A conturbada saída de Romário (foto) do Vasco da Gama ainda dá o que falar nos lados de São Januário. O presidente do clube, Eurico Miranda, não digeriu bem a saída do Baixinho e cogitou, inclusive, retirar a estátua, que foi colocada no estádio vascaíno como forma de homenagear o jogador. Depois, o dirigente negou a retirada.

Romário, que acumulava os cargos de treinador e jogador (embora cumprindo suspensão pelo caso de doping) do Vasco, decidiu deixar o time cruzmaltino após Eurico palpitar na escalação da equipe em um jogo contra o Friburguense, pelo Campeonato Carioca.

Para o dirigente, esta foi uma desculpa arranjada pelo Baixinho para deixar o Vasco. Eurico disse, ainda, que interferiu na escalação de muitos treinadores para que Romário chegasse ao seu milésimo gol.

A relação entre Romário e Vasco já não era boa há algum tempo, desde que o clube não ajudou o atacante a provar inocência no exame antidoping. Como tapa-buraco no comando do time, Romário também não demonstrou paciência para permanecer no cargo e sua saída era questão de tempo.

A saída do Baixinho do clube é completamente normal. Eurico pode chiar, pela não realização do jogo de despedida do jogador, que seria no Vasco e agora pode acontecer com a camisa do rival Flamengo. Mas retirar a estátua que homenageia o craque de São Januário é ir contra a história vascaína.

Romário nasceu para o futebol no Vasco, foi para a Europa e voltou, anos depois (e após passagem pelo rival Flamengo) para ganhar inúmeros títulos, como a Copa João Havelange e a Copa Mercosul, ambos em 2000. A homenagem é mais que justa e merecida, por tudo que Romário deu ao Vasco.

A aposentadoria da camisa 11, eternizada nas costas do Baixinho, também já foi questionada e o número pode voltar a ser utilizado pela equipe cruzmaltina.

E, desta forma, o futebol brasileiro segue sem saber agradecer e homenagear os seus ídolos. Romário é um ícone do futebol nacional e do próprio Vasco da Gama. Que sua estátua permaneça e a camisa 11 siga aposentada, como lembrança dos muitos gols que Romário foi responsável!


terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Créu: provocação acirra rivalidade 'Fla-Flu'

No clássico carioca do último domingo, o Fluminense goleou o Flamengo por 4x1, ambos com times mistos, com três gols e um show particular do meia Thiago Neves (foto).

Após o Fla abrir o placar, o meia tricolor marcou dois gols de falta e um golaço em jogada individual. Nas comemorações, Thiago Neves dançava a famosa 'Dança do Créu', uma música de funk muito conhecida, principalmente no Rio de Janeiro.

A torcida do Fluminense entrou na onda e cantou a música para os rivais, que ficaram visivelmente irritados com a provocação.

Antes do meia do Flu, o atacante Souza, justamente do Flamengo, já havia comemorado seus gols no Campeonato Carioca fazendo a mesma dança.

Os dois times estão na semi-final do Carioca e podem se encontrar na final. Esta é a esperança dos flamenguistas para uma possível e desejada revanche!

Confira um vídeo que a torcida do Fluminense fez em 'homenagem' aos rubro-negros:


Denílson neles!

Hoje, o Palmeiras deve apresentar seu último reforço para o Campeonato Paulista. Trata-se de um campeão mundial, que chega sob os olhares desconfiados da torcida e da imprensa.

O badalado (e baladeiro) Denílson despontou como craque no São Paulo, em 1997, e chegou a ser o jogador mais caro do mundo, vendido ao Real Betis por cerca de 30 milhões de dólares, em 1998.

Dono de dribles mágicos, chegou a lembrar Garrincha. Os adversários o temiam, tinham medo de tentar desarmá-lo e ficar no chão.

Foi a duas Copas do Mundo e teve um papel importante. Era uma espécie de 12º jogador tanto do técnico Zagallo, no vice-campeonato na França em 98, como para Felipão, na conquista do Pentacampeonato na Ásia em 2002.

Quem não se lembra da famosa imagem dos quatro turcos correndo atrás dele na semifinal de 2002?

Agora, depois de sete anos na Espanha, um ano na França, uma temporada na Arábia e seis meses nos Estados Unidos, chega ao Parque Antártica em baixa, precisando reerguer a carreira e refazer sua imagem.

Como tudo aconteceu?

Julho de 2007. Denílson estava sem time, há seis meses sem jogar e precisava readquirir a forma física. Como de praxe, foi se tratar no Reffis do São Paulo. Treinava, quando o fisioterapeuta Ricardo Sassaki disse que ele teria que conversar com João Paulo de Jesus Lopes, um dos caciques da administração Juvenal Juvêncio, para pedir autorização para fazer o tratamento.

João Paulo chegou para ele e disse: “Você é um jogador que o torcedor gosta, muito importante para o São Paulo, mas não vai dar. Você não pode se recuperar aqui”.

A ingratidão dos lordes do Morumbi foi um choque para Denílson, que foi procurar abrigo no Palmeiras, que prontamente abriu suas portas.

Ele se recuperou e quase acertou com o time de Palestra Itália, mas preferiu aceitar uma proposta milionária do Dallas dos EUA, onde ficou por seis meses.

Janeiro de 2008. Denílson voltou ao Palmeiras para manter o condicionamento físico. Chamou a atenção de Vanderlei Luxemburgo, que pediu sua contratação. O técnico disse que o jogador mudou suas características e acha que pode fazer com ele o mesmo que fez com Zé Roberto no Santos.

A estréia já deve acontecer contra o Juventus, no fim de semana, e Denílson terá de mostrar que ainda não acabou. Você ainda acredita nele?

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Cadê o grande que estava aqui?

Que o Campeonato Paulista é o mais disputado do País ninguém discute. Mas esse começo de ano, a surpresa está, por que não dizer, mais surpreendente.

Após 7 rodadas, o primeiro grande que aparece na tabela de classificação é o São Paulo, em 5º lugar, e apenas os 4 primeiros se classificam para as semi-finais.

A ponta, merecidíssima, é do Guaratinguetá com 18 pontos, fruto de suas 6 vitórias seguidas no torneio. Logo abaixo, vem Ponte Preta com 16 pontos, Noroeste e Ituano com 13.

Se o super São Paulo não embalou e vem jogando abaixo da média, o que dizer dos outros grandes? O Corinthians é só o 10º, e o Santos, atual campeão, divide a modestíssima 14ª colocação com o Palmeiras, de Vanderlei Luxemburgo.

Mas qual a explicação? Muitos falam que os 'pequenos' do interior tiveram muito mais tempo para se prepararem e estão goleando no aspecto físico. Mas a verdade é que eles estão jogando muito mais que os grandes, no aspecto tático e técnico.

Por mais que ainda tenha muito campeonato pela frente, é inegável a frustração dos torcedores com seus respectivos clubes. Os palmeirenses devem ser os mais insatisfeitos. Com a chegada do Luxa, e de jogadores como Diego Souza, Lenny, Alex Mineiro e Élder Granja. Todos esperavam se não uma máquina, mas pelo menos um time brigando pela ponta. Mas já são 3 derrotas seguidas, e 3 jogos sem marcar.

O Tricolor ainda tenta encontrar sua melhor forma de jogar, depois da chegada de Adriano. Mas vem enfrentando muitas dificuldades, até mesmo nos jogos no Morumbi.

Santos e Corinthians, apesar da expectativa natural existir, só pelo fato de serem grandes clubes, já contavam com certa desconfiança de seus torcedores. Os da baixada pelas muitas baixas (troc) que o time sofreu e que não foram repostas. E os corinthianos, após a queda para série B, viram 14 reforços chegarem e um novo técnico prometendo montar um time forte para voltar a elite.

Não sei a razão, mas por mais que os famosos cavalos paraguaios sejam comuns, esse ano acho que os times do interior não vão perder o gás. Resta saber se os grandes conseguiram se recuperar a tempo.

PS: Hoje é aniversário do gloriosíssimo jornaleiro e amigo João de Andrade Neto. Um dos quatro melhores jornalistas desse blog! Hehe! Parabéns, irmão!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Leão reclama dos reforços. Será que o Santos tem jeito?

A temporada não começou bem para o Santos, do técnico Emerson Leão (foto). Com apenas cinco pontos em seis jogos, o alvinegro praiano está na zona de rebaixamento do Paulistão.

Emerson Leão, desde sua chegada, disse que seria um ano difícil para o Santos, que perdeu alguns jogadores, como o chileno Maldonado. A aposta do treinador é nos atletas da categoria de base, assim como fez com a geração de Diego, Robinho e cia.

O grande problema para Leão é que a safra parece não ser tão boa quanto à dos meninos da Vila. Os destaques são os atacantes Tiago Luis e Alemão, que têm entrado nas partidas do time, mas ainda têm muito o que provar para conquistar seus espaços.

Agora, para completar o descontentamento do técnico, o presidente Marcelo Teixeira acertou a contratação de três estrangeiros: o colombiano Molina, o chileno Sebastián Pinto e o equatoriano Michael Jackson Quiñonez.

Leão, assumidamente contra os jogadores sul-americano, não gostou das aquisições, que chegaram ao Peixe após o mau início no Paulistão. O treinador disse que não conhece e muito menos indicou qualquer um dos três. Informou, porém, que os jogadores terão oportunidades para mostrar o seu futebol.

O Santos se apressa para acertar o time antes do início da Libertadores. A competição, a mais importante do continente, deve trazer muito mais dificuldades para o fraco elenco santista. Pelo jeito os torcedores do Peixe terão um ano muito complicado!