segunda-feira, 22 de março de 2010

Para ficar na história


Numa tarde de 15 de maio de 2004, na fria e suiça Zurique, Joseph Blatter, presidente da Fifa, fez um anúncio que a entidade nunca havia feito. É verdade que sabíamos que a Copa do Mundo de 2010 seria em continente africano, mas só se tornou oficial quando ele levantou um papel. Branco e em formato retangular, nele estava escrito: South Africa.

Por 14 votos a 10, a África do Sul bateu Marrocos e se garantiu como a primeira sede africana do evento mais importante para futebolistas de todo mundo. Foi nesse preciso 15 de maio que os "Bafana Bafana" se classificaram para Copa que seria disputada seis anos depois. Ali, mesmo com um mundial na Alemanha no meio, do qual os sul-africanos ficaram fora, se iniciou a campanha para 2010.

Muita coisa mudou de lá para cá. A mais recente e importante de todas foi a troca de treinadores. Um brasileiro por outro. Saiu o folclórico(!) Joel Santana e veio o pragmático Carlos Alberto Parreira. A África do Sul não quer fazer feio. Apostou na experiência de Parreira e mais, quer ajuda do futebol brasileiro.

Os Bafana Bafana estão em territorio canarinho e, mais importante, penta mundial. Treinam por aqui e vão fazer amistosos com times brasileiros. Já empataram com o Cruzeiro e venceram o Botafogo (de Joel Santana, aah, o futebol e suas ironias). Santos e Palmeiras devem ser os próximos. Será que vai ajudar em algo?

Histórico e expectativas

Sem mais delongas, vamos às opiniões. É claro que a vida com Joel Santana não estava bem. Mesmo com o teórico bom desempenho na Copa das Confederações. A África do Sul não mostrava um potencial competitivo para almejar seu objetivo neste ano: passar a segunda fase. Com Parreira, a coisa parece que mudou, pelo menos a motivação se mostra outra e a confiança também.

A verdade é que o território africano deve pulsar como um para seus cinco representantes e isso contará e muito. Eles já são excelentes corredores e não descansam nunca. Quem sabe os deuses da bola não os abençoam com lances de boa técnica e um pouco de sorte?

Seus craques e jogo chave

Sendo realista e direto: a África do Sul não tem craques. Bons jogadores como Steven Pienaar, Katlego Mashego, Benny McCarthy e Matthew Booth, ídolo da torcida, podem garantir aos filhos de Nelson Mandela (poético isso!) ao menos exibições briosas.

O jogo mais importante de um dos grupos mais parelhos é logo o primeiro. Vencer o México no jogo de abertura da Copa será essencial para uma futura classificação. Dará moral e mais importante, três pontos! Não vejo nenhuma outra seleção do grupo A como infinitamente superior aos africanos e dificilmente alguém vencerá dois jogos. A França é a mais fraca dos últimos, vai, 12 anos, e o Uruguai se consolidou como quinta força da América do Sul. O México teve maus bocados nas Eliminatórias e não vem com a força de mundiais passados. Será que dá?

Minha aposta: os sul-africanos vencem o México e empatam com Uruguai e França. Creio eu que sirva para pegarem um segundo lugar, e se pá, dá até para ser primeiro. Olha que feito! Vocês concordam?

Confira os jogos da primeira fase dos Bafana Bafana:

Data Hora Local
11/06/2010 11h00 Johanesburgo África do Sul x México
16/06/2010 15h30 Pretória África do Sul x Uruguai
22/06/2010 11h00 Bloemfontein França x África do Sul

quinta-feira, 18 de março de 2010

Desta vez vai Van Gaal?




A palavra que define o treinador holandês Louis Van Gaal é "polêmica", pois este senhor de temperamento difícil - pode ser comparado com José Mourinho - sempre gerou muitos desafetos entre os jogadores que treinou ao longo da carreira, do Ajax em 1991, até, atualmente, com o Bayern de Munique.



Ao mesmo tempo, Van Gaal é um treinador talentoso e já faturou a Uefa Champions League em 1995, com um super time do Ajax que revelou ao mundo jogadores como Van Der Saar, Davids, Seedorf, Kluivert, Bergkamp, entre outros. Entretanto, o holandês coleciona brigas com brasileiros, pois não gosta do estilo "tupiniquim". Os principais alvos foram Rivaldo, nos tempos de Barcelona, e Lúcio, no Bayern de Munique. As confusões fizeram os dois jogadores se transferirem para outros clubes.



O brilho de Van Gaal se apagou após a Eurocopa de 2000, disputada na Holanda/Bélgica, onde o treinador da "Laranja Mecânica" caiu precocemente na competição. O ostracismo chegou e o "velho polêmico" acabou no modesto AZ Alkmaar. Somente o título holandês na temporada 2008/09 despertou o interesse de outro gigante europeu: o Bayern de Munique.




O clube da Baviera estava de "saco cheio" de Jurgen Klinsmann e deu uma nova chance a Van Gaal. O seu primeeiro feito foi trazer Robben do Real Madrid para formar uma dupla de pontas ao lado de Ribery. Deu oportunidade a jovem promessa Müller. Mas não se deu bem com o goleador Luca Toni, preferindo Mário Gomes e Olic para o ataque. O Resultado foi à ida de Toni para a Roma.




O começo no Bayern foi muito complicado, com derrotas e incertezas, gerando desconfiança da imprensa e da torcida alemã que pedia sua cabeça. A ameaça de demissão era grande, porém a classificação para a segunda fase da UCL, em cima da Juventus, fora de casa, deu um alívio ao "velho holandês".




A partir de 2010 o Bayern engrenou, alcançando a ponta do Campeonato Alemão e jogando de forma convicente, com Ribery e Robben infernizando as defesas adversárias. Os dois ponteiros foram fundamentais para eliminar a Fiorentina nas Oitavas da Champions.




Mas e agora Van Gaal?




O treinador ainda precisa provar que não perdeu totalmente o seu brilho, ganhando o Campeonato Alemão e visando o penta da UCL. A missão na Champions League não é impossível, pois o sorteio da próxima sexta-feira pode ajudar ou ser ingrato com o Bayern. Se o clube de Van Gaal não pegar os temidos Manchester United ou o Barcelona, pode avançar sem problemas às semifinais. Se o Bayern chega nesta fase, Van Gaal tem tudo para mostrar sua competência e levar a equipe, no mínimo, ao Santiago Bernabéu, palco da final em 22 de Maio.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Passeio inglês



Há algumas temporadas o futebol inglês desbancou os badalados italianos e espanhois e tornou-se o campeonato mais competitivo do mundo. Neste ano, mesmo perdendo a grande estrela de Cristiano Ronaldo, os times da Premier League seguem comandando a Europa. A UEFA Champions League é a grande prova disso.

Na última terça, o Arsenal atropelou os portugueses do Porto, com um emblemático 5x0 no Emirates Stadium. A facilidade com que o time inglês fez o resultado chegou a assustar, mesmo sabendo que a vitória do Porto na primeira partida foi um acaso, com as falhas do goleiro Fabianski.

Ontem, repetindo o Arsenal, foi a vez do Manchester United despachar o tradicional Milan com uma goleada: 4x0. Apesar das adversidades no Old Trafford, esperava-se que o brasileiro Ronaldinho Gaúcho fosse o destaque. Ledo engano. Quem brilhou foi Wayne Rooney (foto). O atacante fez dois e mostrou que chegará com tudo na Copa do Mundo na África.

E os ingleses não param por aí. Na próxima semana, o Chelsea receberá a Inter de Milão tentado reverter a vantagem italiana, já que o primeiro jogo ficou no 2x1 para a equipe nerazzurri. O confronto será difícil, mas é a chance de termos três fortes times ingleses nas quartas-de-final.

Se na Champions League o futebol da terra da rainha comanda, na Liga da Europa (antiga Copa UEFA) a realidade não é diferente. Após fracassar na primeira fase do principal torneio da Europa, o Liverpool é um dos favoritos da Liga da Europa. Além deles, o Fulham também tenta a sorte na competição.


Diferente das outras Copas do Mundo, este ano a força do futebol inglês deve fazer da seleção do país umas das favoritas ao título. Apesar da crise causada pela traição de John Terry com o ex-companheiro Bridge, o elenco do English Team é fortíssimo. Frank Lampard, Steve Gerrard e principalmente Wayne Rooney devem guiar os ingleses rumo às finais.




terça-feira, 9 de março de 2010

Especial Copa do Mundo 2010


Grandes amigos leitores da Banca, esse ano é especial! Afinal, é ano de Copa do Mundo e, para nós aficcionados por futebol, não há motivo maior de existir do que assistir uma Copa de cabo a rabo (ui!)

Logicamente não deixaríamos de dar nossos pitacos queridos e muito bem abalizados com pitadas históricas e chutes certeiros!

Vamos tratar cada seleção de forma individual e essa semana mesmo postaremos nossas impressões e almejos da gloriosa anfitriã África do Sul, que será sede de uma Copa muito especial, a primeira em continente africano.

E que Copa teremos! Nos acompanhem e nos cobrem.. Dia 11 de junho a festa da bola começa!

segunda-feira, 8 de março de 2010

"Quem nunca saiu na mão com a mulher?"

Em pleno Dia Internacional da Mulher, esta pergunta feita pelo goleiro Bruno, do Flamengo, sacodiu a mídia brasileira, a ponto de estampar diversas capas de jornais e pautar quase todos os programas esportivos de televisão.

A polêmica surgiu quando o arqueiro rubro-negro tentou defender o companheiro Adriano por sua ausência nos treinos do Flamengo. Após brigar com a noiva, o atacante desfalcou o time no último sábado, na vitória sobre o Resende, por 4x0, e não jogará pela Taça Libertadores na próxima quarta-feira, contra o Caracas.

Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. O ditado, também usado por Bruno, é antigo e faz sentido. Até o momento da agressão. Não é normal um jogador de futebol sair na mão com um colega de profissão, um companheiro de time, o que dirá de uma mulher?

Os mais ponderados dirão que foi um erro de expressão. O goleiro jamais quis dizer isso. Outros atacarão Bruno, citando inclusive um caso, ocorrido em 2008, em que o nome do arqueiro esteve envolvido com agressão à prostitutas, em uma festa promovida pelos jogadores do Flamengo na época.

Fato é que o ambiente do atual campeão brasileiro não está nada bom. Sem Petkovic, que está na reserva e nada feliz com a condição, o Flamengo já não demonstrava o mesmo brilho de 2009. Agora, com a crise envolvendo Adriano, resta saber se o time rubro-negro terá força para brigar pelos títulos.

E que a força seja demonstrada apenas dentro de campo. E não para sair na mão com ninguém!

terça-feira, 2 de março de 2010

Pronto para a Copa!


Com um gol e meio de Robinho - no primeiro, fez o cruzamento que Keith Andrews fez contra, e marcou o segundo após bela tabela -, a Seleção Brasileira venceu a Irlanda por 2x0, em Londres, em seu último teste antes da Copa do Mundo.

No primeiro tempo, o time comandado pelo técnico Dunga não convenceu. Chegou a tomar sufoco da Irlanda, mas abriu o placar em um contra-ataque, em que o zagueiro irlandês marcou contra. Mas as chances de gol eram poucas e fizeram dos primeiros 45 minutos monótonos.

Na segunda etapa, o Brasil acordou. Após a entrada de Daniel Alves no meio-campo, o time deslanchou. As jogadas fluíram com mais facilidade, principalmente pelo lado direito. E os brasileiros foram coroados com um belo gol. Em seu último lance antes de ser substituído, Robinho tabelou com Kaká e depois com Grafite, que deixou o santista na cara do gol, para ampliar a vantagem.

Depois disso, a Seleção se preocupou em tocar a bola e gastar o tempo. O resultado estava garantido, assim como a maioria dos jogadores presentes estarão na Copa. Os poucos ainda não confirmados se esforçavam. Michel Bastos foi bem na lateral esquerda, mas não à ponto de convencer. Grafite entrou com todo gás, fez belas jogadas, mas deve ficar fora do Mundial. Assim como Carlos Eduardo.

Após a partida, o técnico Dunga confirmou que a lista com os convocados para a Copa não deve ter surpresas. Grande parte da imprensa cobra a convocação de Ronaldinho Gaúcho para o torneio. Mas o fato é que o treinador minimiza qualquer chance do craque do Milan, dizendo que todos tiveram sua chance e alguns aproveitaram. Outros, não!