quinta-feira, 27 de maio de 2010

Jogar no Brasil: um tiro pela culatra

O técnico Dunga, no período final de avaliação dos jogadores que poderiam defender a Seleção brasileira na Copa do Mundo, voltou bastante os olhos para os atletas que atuam no Brasil. E isso fez com que vários destes selecionáveis tivessem decisões de onde jogar, visando seu futuro na equipe canarinho.

O principal caso foi de Adriano. Após desistir do futebol na Inter de Milão, voltou ao Flamengo e reencontrou o bom futebol. Na pior fase, teve o apoio de Dunga e esteve nas convocações do treinador. Voltou a jogar bem, recuperou o prestígio e foi desejado por times da Europa. Mesmo assim, resolveu ficar no Brasil, já que isso facilitaria sua ida para a Copa.

Mas não foi o que aconteceu. O tiro saiu pela culatra. A exposição demasiada, entre idas ao morro e polêmicas com bebida, fizeram com que a imagem de Adriano sofresse danos irreversíveis aos olhos de Dunga. No final das contas, o atacante ficou fora da lista de atletas no Mundial. Frustração para o Imperador, que agora voltará em paz para o Velho Continente.

O zagueiro Miranda foi outro traído pelos princípios. Objeto de desejo de vários clubes europeus, o beque resolveu ficar no São Paulo, contando com uma maior visibilidade de seu futebol. Manteve a ótima média de exibições no Tricolor, mas não correspondeu quando convocado. Figura presente em todas as últimas listas de Dunga, perdeu a vaga na reta final, ao ver Thiago Silva brilhar no Milan.

Os volantes Sandro e Hernanes, de Inter e São Paulo, respectivamente, também estiveram em convocações de Dunga. Ficaram em seus clubes, mesmo com propostas tentadores. A escolha, porém, não valeu de nada. Ambos ficaram fora dos 23 preferidos do técnico brasileiro.

Diego Tardelli brilhou no Atlético Mineiro e poderia ter deixado o Galo. Ficou e esperou a chamada de Dunga. Em vão. Vágner Love deixou a Rússia à caminho do Palmeiras. Depois trocou o Verdão pelo Flamengo. O sonho era o mesmo: ser observado de perto pelo treinador. Flano frustrado e nada de convocação.

O gremista Victor caiu na mesma armadilha. Recebeu propostas de grandes clubes portugueses, muito interessados em contar com o goleiro. Escolheu permanecer no Grêmio, já que era nome certo na lista final de Dunga. Mas, em uma das grandes injustiças, ficou fora do Mundial, perdendo espaço para o criticado Doni.

A grande exceção à regra foi o atacante Robinho. Em péssima fase no futebol inglês, conseguiu desenhar sua volta ao Santos. No clube praiano, redescobriu o bom futebol ao lado dos 'meninos da Vila' e garantiu presença na Copa. Além, claro, de confirmar escalação como titular do time de Dunga, já que sempre foi o jogador de confiança do técnico.

Com a lista final divulgada, a debandada do futebol brasileiro deve ser rápida. Além dos jogadores já citados, muitos outros despertam desejo nos europeus. Casos do corintiano Elias, do tricolor Fred, do rubro-negro Vágner Love e do cruzeirense Kléber.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

'Patinho feio', Coreia do Norte pode surpreender


O Grupo G da Copa do Mundo foi considerado o 'grupo da morte' por contar com três seleções fortes: Brasil, Portugal e Costa do Marfim. Para completar a chave, a inexpressiva e desconhecida Coreia do Norte.

Desde o sorteio dos grupos, os asiáticos eram considerados os 'patinhos feios' da chave. A participação da Coreia seria meramente figurativa. Três jogos, três derrotas e tarefa cumprida. Afinal, estar na Copa do Mundo já é um prêmio para um país sem tradição no futebol.

Mas o fato é que a Coreia do Norte pode surpreender. Tudo bem que pensar em classificação para as oitavas-de-final é algo distante da realidade. Mas creio que os asiáticos não farão feio no torneio. Pelo contrário, podem complicar a vida de algum dos favoritos.

Os amistosos preparatórios serviram para brasileiros, portugueses e marfinenses abrirem os olhos. Primeiro a Coreia do Norte empatou em 1x1 com o Paraguai. Depois, novo empate, desta vez contra a Grécia: 2x2. Dois resultados razoáveis contra adversários do segundo pelotão de seleções.

Com apresentações até certo ponto convincentes, a seleção asiática deve endurecer os jogos da primeira fase. Com muita dedicação e correria em campo, os coreanos vêm surpreendendo. Arrisco dizer que pode roubar pontos de algum dos favoritos, o que seria decisivo para definir os classificados às oitavas.

E com a bolinha que está jogando, não duvido que Portugal, dependente das jogadas individuais de Cristiano Ronaldo, seja o favorito a naufragar logo na fase de grupos.


terça-feira, 25 de maio de 2010

'The special one', agora galáctico!


José Mário dos Santos Félix Mourinho, português de 47 anos, técnico de futebol. Para os amantes do futebol, mais conhecido como o competentíssimo José Mourinho. Para os fãs do treinador, ele é nada mais nada menos que o auto-denominado "the special one". Sim, "o especial"!

Nada modesta, a afirmação pode soar como arrogância. E realmente não tem como negar: há um pouco de prepotência por parte de Mourinho. Mas por trás desta personalidade forte, há um excepcional treinador, vencedor por onde passa. Campeão da tríplice coroa com a Inter de Milão, José Mourinho comemorou no último sábado o seu bi-campeonato particular na Champions League.

O título fez o português entrar no seleto grupo dos treinadores campeões do torneio interclubes mais importante do mundo por dois clubes diferentes (já havia vencido pelo Porto). Mas o feito não é o bastante para o português. Mourinho quer mais. Quer ser o maior e mais vencedor treinador da história. Quer o terceiro título, por outro time.

Soma-se a isso a série de desentendimentos com a imprensa italiana, que desgastaram a relação do treinador com os profissionais da Velha Bota. Com esses dois bons argumentos e em alta com o título europeu, Mourinho anunciou sua saída da Inter de Milão.

Seu destino? O clube mais rico e vencedor do mundo: o Real Madrid. O casamento tem tudo para ser perfeito. A ganância do clube merengue, somada ao sonho do terceiro título intercontinental de Mourinho, podem ser a chave do sucesso do Real Madrid para a próxima temporada.

Alguns não gostam. Muitos criticam. Mas todos respeitam José Mourinho, 'the special one', agora galáctico!



quinta-feira, 20 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Dunga versus Imprensa


Dunga assumiu o cargo de treinador da Seleção Brasileira há quase quatro anos, após a Copa do Mundo de 2006 onde o Brasil não obteve o rendimento esperado, prometendo uma revolução. Mas esta revolução acarretou problemas de relacionamento com a imprensa por seu temperamento, suas respostas ríspidas e também pelos jornalistas que o “cutucam” com perguntas nem sempre pertinentes.

Não é de hoje que a função máxima de um técnico no Brasil gera instabilidade com a imprensa de modo geral, mas cabe a Dunga saber lidar com a pressão e agir de acordo com as normas básicas de respeito mútuo com as responsabilidades de seu cargo ao dirigir as palavras para quem o questiona, pois sempre irá haver questionamentos, porque ele não conseguirá agradar 190 milhões de treinadores espalhados pelo território nacional, além de algum repórter mal humorado.

O nosso Carlos Caetano Bledorn Verri, popular Dunga, necessita melhorar suas relações interpessoais, para não ouvir frases de impacto onde o emissor acaba levando toda a razão. “Ainda bem que você não era o técnico em 58. Se fosse o Pelé não teria sido convocado”, Cícero Mello dos canais ESPN.



O maior problema não é o destempero do treinador, mas o sentimento recíproco que se alastra por toda a comissão técnica, passando pelo auxiliar Jorginho até o assessor Rodrigo Paiva, que deveria ensinar Dunga os bons métodos da comunicação. Ambos estavam exaltados na convocação dos jogadores para a Copa do Mundo, ameaçando alguns jornalistas e tecendo comentários de forma exagerada.

Dunga também “viaja” em suas explicações, causando certa indignação da imprensa. “Vamos sangrar, mas somos descendentes de escravos. Estava vendo aquela novela dos escravos em que um deles está no pau, recebendo castigo e ele imaginado as coisas bonitas que viveu e o que ele queria para vida dele. Eu faço o mesmo. Quanto mais me batem eu não fico preocupado com o sangue. Apenas imagino onde quero chegar”.

Mas não podemos esquecer o comportamento inadequado de alguns jornalistas que eram críticos ferrenhos de Dunga e hoje o estão bajulando devido aos resultados obtidos pelo “Carlos”, por simplesmente ficarem com medo de sofrerem retaliações na África do Sul e terem seus trabalhos dificultados. Fato muito criticado por colegas de imprensa.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Decolar, Super Águias!


Foi no sufoco. A Nigéria entrou na última rodada das Eliminatórias Africanas em segundo lugar de seu grupo. Mas o que parecia improvável aconteceu. A líder Tunísia tropeçou e os nigerianos sofreram jogando fora de casa, mas bateram Quênia e estão na Copa do Mundo de 2010.

As Super Águias, como é conhecida a seleção nigeriana, contaram com os gols decisivos do atacante Oba Oba Martins. A vitória por 3x2, naquele dia 14 de novembro de 2009, garantiu a quarta participação da Nigéria em Copas do Mundo.

Histórico e Expectativas

A Nigéria apareceu como surpresa em sua primeira aparição, na Copa do Mundo de 1994. As Super Águias encantaram o mundo com seu futebol ofensivo e, comandados por Amunike e Amokachi, golearam a forte Bulgária, bateram a Grécia e, mesmo com a derrota para a Argentina, terminaram o Grupo D em primeiro. Nas oitavas-de-final, porém, pegaram a Itália. Os nigerianos estiveram classificados até os 43 minutos do segundo tempo, quando Roberto Baggio marcou e levou o jogo para a prorrogação. No prolongamento, novamente Baggio, de pênalti, acabou com o sonho da Nigéria. Uma pena!

Em 1998, a Nigéria chegou como realidade. E novamente as Super Águias iniciaram o torneio com tudo, com o brilho do camisa 10 Okocha. Bateram a poderosa Espanha e a Bulgária, na despedida de Stoichkov. A derrota para o forte Paraguai não estragou a festa nigeriana, que garantiu nova vaga para as oitavas. Mas a coincidência não parou por aí. O encontro com a consistente Dinamarca terminou precocemente a participação da Nigéria, que perdeu por 4x1.

Em 2002, sem a força das últimas Copas, deu o azar de cair no famoso ‘Grupo da Morte’. Não foi páreo para Argentina, Inglaterra e Suécia e terminou na lanterna. Em 2006, não foram ao Mundial. Voltam a disputar a Copa em 2010.

A expectativa sobre a participação da Nigéria não é nem sombra do que foi nos anos 90. Após uma classificação suada e um futebol nada convincente, as Super Águias não contam com jogadores de renome e com condições de fazer a diferença no Mundial.

No grupo B deste Mundial, a Nigéria deve conseguir uma vaga para as oitavas-de-final. Muito pela força da torcida, já que milhares de nigerianos moram na África do Sul. As Super Águias devem jogar em casa em todos os jogos. Devem pegar Méxixo ou Uruguai nas oitavas e jogarão de igual para igual. Por isso, têm chances de chegar às quartas-de-final, fato inédito para a seleção.

Seus craques e jogo chave

Esta não é uma seleção que tenha grandes craques. Os nomes mais conhecidos são Nwanku Kanu, carrasco brasileiro nas Olimpíadas de 1996, quando os nigerianos tiraram o Brasil e levaram a medalha de ouro, além de Oba Oba Martins, rápido atacante do Wolfsburg (ALE) e do meia Obi Mikel, do Chelsea (ING).

O jogo chave da Nigéria na primeira fase deve ser contra a Grécia, na segunda rodada. Após a estreia contra a Argentina, onde um empate seria considerado um ótimo resultado, as Super Águias podem decidir a segunda colocação contra os gregos. A Coreia do Sul não deve ser uma pedra no sapato dos africanos.

Minha aposta

Mesmo sem o brilho dos anos 90, a Nigéria deve passar de fase. Creio que um embate de igual para igual contra Uruguai ou México, nas oitavas-de-final, pode fazer com que os nigerianos cheguem às inéditas quartas-de-final. Se passar, o que não é impossível, deve cruzar com a Inglaterra, o que seria o fim da linha para as Super Águias!

Confira os jogos das Super Águias na primeira fase:

Data e hora:
12/06/2010 11:00 Argentina x Nigéria
17/06/2010 11:00 Grécia x Nigéria
22/06/2010 15:30 Nigéria x Coreia do Sul

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Nas mãos de dios


Aos 38 minutos do segundo tempo, Maradona, com o empate a seu favor, tira o centro avante Higuai e coloca o volante Bolatti. Jogo seria no contra-ataque. Um gol uruguaio colocaria os hermanos na temida repescagem. O lendário Centenário fervia.

Aos 39 minutos, falta na lateral da área. Messi na bola. Ele rola para Verón, la bruxita, o meia bate forte em direção ao gol. Fechado por vários corpos, a redonda faz o típico pebolim, bate, volta, bate e sobra, para ele, Bolatti, que sem pensar, com pouco mais de um minuto de partida, bate, sem ver, e vence Muslera. Argentina 1 a 0. Maradona vai ao delírio. Não repete o peixinho dado dias antes na vitória suada contra o Peru, mas desabafa aos periodistas: "Que lo sigan mamando!"

O Uruguai ainda tentou o empate que não mudaria em nada sua vida, mas era noite de Argentina. A classificação suada, de um grupo combalido e criticado, de um técnico inexperiente em sua nova tarefa, mas que manja da redonda como ninguém. Um dios para os hermanos!

Histórico e expectativas

Não preciso detalhar a tradição argentina. O segundo melhor futebol do planeta vai em busca do tri mundial. Se não tem o entrosamento de anos anteriores, tem o melhor jogador do planeta, Messi, e o fato de ter se classificado no sufoco. E futebol é assim, quanto mais dificil, melhor. É só lembrar de Felipão e seu Brasil campeão em 2002.

É fato que o time de Maradona ainda peca na harmonia, mas não lhe falta a garra peculiar. Tem jogadores em grande fase, como o já citado Messi, Higuain, Tevez, Di Maria. Sua defesa não é lá grandes coisas, mas se jogar na seriedade é capaz que não comprometa.

Seus craques e jogo chave

Lionel Messi é o melhor jogador do mundo, a Fifa diz, a imprensa diz, sua mãe diz, nossos olhos comprovam. Mas não joga a mesma coisa na seleção. No entanto, sempre é chance de se encontrar. Tevez, Higuain, Diego Milito, Di Maria e até Palermo completam um ataque de peso.

Verón e Mascherano fazem um meio campo de respeito e experiente. Aliás, Maradona já deu a escalação do primeiro jogo, mais de mês antes do início da Copa. Vai com quatro zagueiros, estilo europeu, e um meio campo composto às vezes por três, às vezes por cinco, assim como o ataque. Um 4-3-3 que me parece seguro.

Seu jogo chave é o de estreia, contra os nigerianos. Só aí sentiremos a Argentina. E uma vitória lhes darão a confiança que precisam. Sem contar que a Nigéria me parece o adversário mais complicado, uma vez que praticamente joga em casa.

Minha aposta

A Argentina deve ir longe. No mínimo nas semi-finais. Será líder do grupo, e não me surpreendo se for com aproveitamento de 100%. O time deve atingir seu ápice durante a Copa, e terá o que é primordial no Mundial, a boa fase! E tem histórias do futebol, que mesmo repetidas, não perdem sua beleza e mística. A superação deve ser bonita, e um título mundial seria a coroação de Maradona, polêmico e gênio como os craques e ídolos devem ser.

Confira os jogos dos Hermanos na primeira fase:

Data e hora
12/06/2010 11:00 Argentina x Nigéria

17/06/2010 08:30 Argentina x Coréia do Sul

22/06/2010 15:30 Grécia x Argentina

terça-feira, 11 de maio de 2010

Coerência? Só com ele mesmo!

A tão esperada lista de convocados para a Seleção brasileira que disputará a Copa do Mundo de 2010 veio sem grandes surpresas. A maior novidade foi o atacante Grafite, que ficou com a vaga de Adriano. Nas demais posições, tudo o que já era imaginado. E sem a presença dos jogadores aclamados pelo público: Ronaldinho Gaúcho, Ganso e Neymar.

A palavra para justificar a lista de Dunga (foto) foi coerência. E isso ninguém pode contestar. Chamou os jogadores que estiveram em suas convocações, que trabalharam com o treinador nos quatro anos de preparação. A expectativa era por algumas novidades, mas Dunga bancou os nomes que sempre estiveram ao seu lado.

A coerência, porém, passou longe de ser com o futebol brasileiro. O clamor popular era grande pela convocação de jogadores como Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho, Ganso e Neymar. Aclamados com toda razão, diga-se de passagem. Os meninos da Vila encantaram o país com as atuações pelo Santos. A presença de ao menos um deles era esperada. Provavelmente o meia Ganso.

A injustiça, para mim, mora aí. Ganso surgiu ao lado do badalado Neymar. Mas ganhou destaque com assistências perfeitas, passes inesperados, uma grande inteligência para jogar futebol. É um craque de verdade! Fará falta à Seleção, ao menos como uma opção no banco.

Não consigo acreditar na convocação de Doni, reserva na Roma, e a ausência de Victor, do Grêmio, que vem fechando o gol. Felipe Melo, Gilberto Silva e Kleberson também não estariam presentes em minha lista, assim como o limitado Júlio Baptista, também reserva na Itália.

Uma lista coerente com os princípios de Dunga, mas que passa longe de agradar em cheio ao povo brasileiro. Agora basta apoiar e torcer para que as escolhas do treinador justifiquem a lealdade do comandante!

Goleiros

Júlio César: melhor goleiro do mundo na atualidade defendendo a Inter de Milão (ITA). Inquestionável!
Levaria?: sim, sem dúvidas!

Gomes: ótima temporada pelo Tottenham (ING), que vai à Champions League no ano que vem.
Levaria?: sim, é um bom suplente.

Doni: reserva de outro brasileiro (Júlio Sérgio, ex-Santos) na Roma. Não atuou na temporada e, mesmo assim, segue com vaga garantida.
Levaria?: não, sem chance. Iria de Victor, que anda fechando o gol gremista no Brasil.

Laterais

Maicon: está jogando muito na Inter de Milão (ITA) e é o melhor lateral-direito em atividade.
Levaria?: sim, sem dúvidas!

Daniel Alves: infelizmente reserva de Maicon, mas també está jogando muito no Barcelona (ESP). Deve conseguir uma vaga entre os volantes brucutus durante o torneio.
Levaria?: sim, sem dúvidas!

Gilberto: joga como meia no Cruzeiro, tem uma idade avançada e não tem se destacado a ponto de ser convocado.
Levaria?: não, temos opções muito melhores. Eu levaria Roberto Carlos, do Corinthians, como titular.

Michel Bastos: bom jogador. Surgiu como lateral, mas está jogando quase como ponta direita no Lyon (FRA). Ou seja, do outro lado do campo.
Levaria?: não. Levaria o Marcelo, do Real Madrid (ESP), que voltou a jogar bem.

Zagueiros

Lúcio: um monstro na Inter de Milão (ITA) e capitão da Era Dunga. Com justiça!
Levaria?: sim, sem dúvidas!

Juan: bom zagueiro, sempre constante na Roma (ITA), mas sempre atrapalhado por lesões.
Levaria?: sim, dependendo da constância de atuações e lesões.

Luisão: é bom jogador no Benfica (POR), representou quando foi convocado, mas acho que temos melhor opções.
Levaria?: não. Eu levaria o Miranda, do São Paulo, que é um excelente zagueiro.

Thiago Silva: bela temporada no Milan (ITA), conquistando os críticos italianos.
Levaria?: sim, belo jogador, com potencial para ser titular.

Meio-campo

Felipe Melo: péssima temporada pela Juventus (ITA). Ganhou o prêmio de pior contratação na Itália. Mas é fiel ao estilo Dunga e conseguiu a vaga.
Levaria?: não, jamais. Jogador limitadíssimo e violento. Eu apostaria até no Pierre, do Palmeiras, bom marcador.

Gilberto Silva: praticamente esquecido no Panathinaikos (GRE), faz o arroz com feijão. Muito mal feito, diga-se de passagem.
Levaria?: não, não tem mais bola pra Seleção. Eu levaria o Hernanes, do São Paulo, que tem muita qualidade técnica.

Josué: mais um dos intermináveis volantes da lista. Bom na marcação no Wolsburg (ALE), mas nada demais.
Levaria?: poderia até ser um reserva, mas acho que temos opções mais válidas, como Lucas, do Liverpool (ING) ou até o Christian (ex-Corinthians), hoje no Fenerbahce (TUR).

Ramires: surgiu bem no Cruzeiro e foi bem no Benfica (POR). Só acho que pode jogar um pouco mais recuado, já que não é um meia de criação.
Levaria?: sim, mas como volante, não como meia.

Elano: bom jogador, mas de reserva na Inglaterra foi jogar no Galatasaray (TUR), onde está bem esquecido. Mesmo exemplo do Ramires, poderia até ir, mas jogando como volante.
Levaria?: poderia até ir. Mas eu levaria um jogador mais ofensivo, talvez o Alex, do Fenerbahce (TUR).

Kleberson: soa praticamente como uma piada. Reserva no Flamengo, com vaga na Seleção. Coisas que não dá para entender.
Levaria?: não, jamais. Levaria um meia que pudesse decidir jogos, mudar o estilo de jogo da Seleção. Levaria um craque, chamado Paulo Henrique, de apelido Ganso, do Santos.

Kaká: apesar da lesão, é titular do Real Madrid e jamais poderia ficar de fora da Copa.
Levaria?: sim, sem dúvidas!

Júlio Baptista: reserva na Roma (ITA), ainda agradece a Deus pela Copa América, onde fez um golaço na final contra a Argentina. Isso o garantiu na Copa.
Levaria?: não, jamais. Jogador bem limitado. Chamaria o Ronaldinho Gaúcho, que recuperou o bom futebol e, mesmo não sendo mais o melhor do mundo, pode desequilibrar.

Atacantes

Luís Fabiano: fabuloso goleador do Sevilla (ESP), que conquistou a camisa 9 da Seleção e não largou mais.
Levaria?: sim, sem dúvidas!

Robinho: voltou ao Santos e deu sorte de cair num time pronto, repleto de bons jogadores. Voltou a jogar bem. Além disso, é o jogador de confiança de Dunga.
Levaria?: sim, sem dúvidas!

Nilmar: bom jogador, faz seus gols pelo Villarreal (ESP), mas acho que não tenha o apelo exigido para ser atacante da Seleção.
Levaria?: poderia até ser uma opção, mas eu levaria outro. Acho que Alexandre Pato, do Milan (ITA), é mais jogador. E com muito futuro.

Grafite: contestado na época de São Paulo, evoluiu muito na Europa. Fez duas ótimas temporadas pelo Wolsburg (ALE), mas por favor, nada que o credencie a jogar uma Copa do Mundo pelo Brasil.
Levaria?: não, jamais. Adriano, do Flamengo, com todos os seus problemas pessoais, é muito mais decisivo, mais importante e mais jogador!

sábado, 8 de maio de 2010

Vai começar o quinto maior campeonato nacional da Terra!

Respeitável público! Meninos e Meninas! Senhoras e Senhores! Vai começar o quinto maior campeonato nacional da Terra! Vai começar o Brasileirão 2010!


O Campeonato Brasileiro poder ser estimado o quinto melhor torneio nacional do planeta, ficando atrás do Inglês, do Italiano, do Alemão e do Espanhol, por conta do alto índice de competitividade entre os 20 clubes da Série A.

Isso sem contar que o sistema de pontos corridos foi apenas instaurado em 2003 e com os mata-matas, até 2002, o Brasileirão já era o quinto melhor, levanto em consideração quase toda a Europa utilizar os pontos corridos, com exceção da Bélgica que disputa 30 jogos entre 16 times e tem um hexagonal final para definir o campeão.

Além do mais, nosso campeonato nacional pode propiciar zebras entre seus campeões, pois todos os clubes possuem chances de levantar o caneco, mesmo aqueles sem astros famosos, mas com um time “acertadinho”, apesar de nos últimos anos as agremiações realizarem grandes contratações ou voltarem a descobrir gênios nas categorias de base.


Mas e a Inglaterra? Podemos considerar candidatos ao título o Manchester United, Chelsea, Arsenal, Liverpool e quem sabe futuramente o Manchester City. E na Itália? Na “velha bota” temos a Internazionale, Milan, Juventus, Roma e esporadicamente a Lazio.

Na Alemanha o Bayern de Munique é sempre favorito, mas geralmente aparece o Werder Bremen, Stuttgart, Borussia Dortmund ou uma zebra como o Wolfsburg. Sem esquecer as potências da Espanha Real Madrid e Barcelona, que de vez em outra perdem a supremacia para o Valencia ou alguma surpresa.

E o resto dos campeonatos europeus? Os mais famosos como o Francês, Português e o Holandês? São certames considerados “pífios” em comparação com a Série A do Brasileirão, além de serem indagáveis de assistir, somente sendo salvos pelas narrações de Silvio Luiz.



Se fizermos um comparativo entre algumas competições com nível técnico inferior ao Campeonato Brasileiro, uma partida entre Santos x Grêmio é mais atraente do que Lyon x Bordeaux, Benfica x Porto ou Ajax x Feyenoord. Isso se não entrarmos no âmbito dos Estaduais, onde o Paulistão é melhor que muitos torneios nacionais de seleções européias classificadas para a Copa do Mundo, no caso de Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Grécia, Sérvia e Suíça.

E pode parecer utópico, mas os clubes da A2 do Paulista tirariam as vagas de campeões nacionais de Albânia, Bósnia, Bielorússia, Finlândia, Malta e por ai vai, da próxima edição da Champions League.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Uma tarde épica na Rua Javari

Dizem que momentos épicos acontecem em lugares memoráveis, onde privilegiados entram para a história por presenciarem estas ocasiões e relatarem às futuras gerações os fatos ocorridos, sem perder os melhores detalhes.

As pessoas que estavam presentes nunca esquecerão o dia, tenho certeza disto, que se orgulharam de ser palmeirenses, mesmo sendo o Palmeiras B, na A3 do Paulistão, diante do Juventus, em uma Rua Javari, por uma virada histórica, aos 44 do segundo tempo, por meio do “goleiro”, que de nada era goleiro, Diogo e seu chute de 100m de distância da meta de Luiz Gustavo, arqueiro juventino, explodindo de alegria cerca de 100 palestrinos naquela tarde.



A angústia sempre foi o clima do jogo, desde seu início com o gol do Juventus, além de uma escancarada ajuda da arbitragem para o time da Mooca, por meio de saída de bola do goleiro, pênalti escandaloso, provocando toda ira da torcida no alambrado, muito próximo ao gramado, além da diretoria que fazia juras ao bandeirinha.

No intervalo aconteceu de tudo, desde a diretoria querendo pegar o juiz, passando pela janela quebrada do vestiário do Palmeiras B, até a insatisfação da garotada com o resultado.

No tempo que a bola não rola você percebe a real essência do futebol, estando em lugares aonde os holofotes não chegam e pais, amigos, empresários, olheiros, ex-jogadores que não deram certo ao sair das categorias de base ou profissional se misturam aos torcedores comuns, além das músicas e escalação numérica do Juventus em italiano: “uno, due, tre...”. Um futebol atemporal.....



Outra curiosidade é ver treinador de Série A, como o vice-campeão Sérgio Soares, pelo Santo André, torcedor do Juventus e indo observar jogadores de um pequeno terraço ao lado do placar, nada eletrônico, mudando manualmente com CA Juventus x Visitante. Ao passar pela torcida palestrina foi recebidos com aplausos e elogios pela campanha do seu time, além de ouvir “meteram a mão em vocês na final!”, “deixa o Carlinhos com a gente”. Sérgio ria e fazia gestos corporais do estilo “fazer o que?”.

Já o Resultado de toda a raiva da diretoria do Palmeiras B foi um diretor passando mal e sendo sorrido pelos médicos. Espero que ele esteja bem, pois demonstrou ser profissional e um grande torcedor.

As emoções continuariam muito fortes na segunda etapa, mesmo para os corações enfraquecidos, com dois gols do “ainda atacante” Diogo, de cabeça e uma bomba no ângulo, após tumulto na grande área. Este era o ingrediente na pizza, ou macarrão, para o jogo pegar fogo! Somente não pegou literalmente devido a forte garoa, tipicamente paulistana, na Rua Javari.



Mas a partida caminhava para um tom dramático, de decisão, pois o Juventus precisava vencer para continuar com o sonho da A2. Para o Palmeiras B, o empate era suficiente. O clima de tensão estava estampado na cara dos 719 espectadores, exceto na organizada do time da Mooca. Seus adeptos merecem todo o respeito por cantarem e batucarem os 90 minutos. Sim, os 90 minutos!

Quando o atacante juventino, de difícil identificação, driblou Borges e chutou para o alto com o gol vazio, três senhoras, sentadas em cadeiras de praia, com sombrinhas, em cima da laje atrás das arquibancadas da meta, quase caírem de desespero. Isso sem contar que a bola geralmente era chutada na “casa do vizinho”. Um futebol, mais uma vez, atemporal!

Porém, contudo, todavia, por todo esse enredo, o inexplicável e inesperado aconteceu! As crianças e os grandes palestrinos nunca imaginariam que a expulsão do goleiro Borges, após confusão com o atacante Ricardo do Juventus (ambos saíram “na mão” com chutes, empurrões e agarrões, segundo a súmula do arbitro Thiago Duarte Peixoto), seria um “mal que veio para o bem”.

Com o Palmeiras B tendo realizado as três substituições, o artilheiro Diogo foi para a meta e um escanteio seria cobrado. Muitos nas arquibancadas estavam preocupados, porque até o goleiro juventino Luiz Gustavo foi para área. O corner é cobrado e Diogo agarra a bola sem deixá-la cair no chão. O então “goleiro” palmeirense chuta rápido e com força para o ataque......



......Estava por vir o fato mais incrível na vida dos, aproximadamente, 100 palmeirenses naquela tarde.....



.....a bola encobriu Luiz Gustavo, voltando desesperado para sua meta. A torcida angustiada, sem saber para onde iria à pelota. A torcida que permaneceu paralisada, com o olhar fixado na bola até ela entrar no gol. Muitos comemoravam. Muitos ficaram pensando por 1 segundo: “valeu?”, para depois comemorarem o gol de 100m do “goleiro” Diogo.

Um frenesi tomou conta dos 100 privilegiados. A emoção mais alucinante de suas vidas, pois todos estavam correndo, gritando, pulando, subindo no alambrado, não acreditando no que estava acontecendo. O tempo parou naquele instante! Nada mais importava, além daquele gol.

Em um certo momento, apenas ouvia minha voz, gritando, correndo pela arquibancada e subindo no alambrado. O resto parecia silencioso, como um filme mudo, onde todos comemoravam sem vozes ou barulho e eu não conseguia mais enxergar o rosto das pessoas próximas, somente enxergava todos celebrando. O silêncio só foi quebrado quando falei com o Obede ao telefone: “foi gol de goleiro!...gol de goleiro!”. Somente neste momento voltei a perceber o barulho ao meu redor.



Tenho certeza que na hora ele não me entendia muito bem. Conversávamos durante todo o jogo e o fui informando do andar do cotejo, pois este palestrino realizava uma grande cobertura do jogo via rede social Twitter, porque não pode comparecer nesta tarde épica.

O Twitter foi à ferramenta utilizada por torcedores do Juventus e Palmeiras para entender o que se passava na Rua Javari. Quase todos não entendiam os acontecimentos, mas caíram na real quando os fatos eram explicados detalhadamente: o gol de 100m!

A torcida comemorou o terceiro gol cerca de 10 minutos, devido o término da partida acontecer logo em seguida do tento. Os jogadores correram para abraçar Diogo, até o goleiro Borges saiu correndo do vestiário. A mascote Periquito invadiu o campo e quase “perdeu a roupa” nas celebrações.

O mais impressionante não foi o gol. Nem à distância e a forma com que tudo aconteceu. O mais impressionante foi à alegria das crianças com aquele gol, que ficará marcado em suas memórias para o resto de suas vidas. O gol que sempre irão contar aos filhos e aos netos: “quando eu tinha sua idade...”.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Libertadores não tem lógica

O discurso, independente do clube, é o mesmo: “Libertadores é diferente”. De fato, o torneio sul-americano tem lá suas peculiaridades. A maior delas é o fato de nem sempre o melhor vencer. Claro que o formato mata-mata, o peso do gol fora de casa e tantos outros ingredientes temperam a competição, mas não conseguem defini-la com exatidão.

O Corinthians sofreu deste veneno. Time por time, foi muito superior ao Flamengo. No primeiro tempo fez 2x0. Mas poderia ter sido muito mais. Dentinho e Ronaldo desperdiçaram chances, que no futuro se mostrariam fatais. O placar daria a classificação aos paulistas, mas soou pequeno diante do que o Timão fez em campo.

Na volta, Kleberson acertou o Flamengo. Os cariocas iniciaram a partida perdidos e os dois gols de desvantagem passaram a ser motivo de comemoração, porque foi pouco diante do produzido. Em quatro minutos, porém, o rubro-negro tomou a vantagem novamente a seu favor, com gol de Vágner Love.

A partir daí, o que se viu foi o desespero típico de mata-mata por parte do Corinthians, além da retranca e o contra-ataque flamenguistas. E emoção de sobra. Mano Menezes mexeu mal, tirou o eficiente Elias e gastou suas alterações para consertá-la. Chicão assustou em duas cobranças de falta, com Bruno salvando o Mengão. Mas a vaga tinha realmente escapado das mãos corintianas.

Injusto, disseram uns. Previsível, disseram outros. Alguns sugeriam que o Timão deveria ter entregue o último jogo da chave de grupo e fugido do confronto caseiro. O sonho da Libertadores em seu centenário acabou prematuramente, mesmo depois da melhor campanha da competição.

O Corinthians sai da competição sul-americana com seis vitórias, um empate e uma única derrota. Derrota esta por mísero 1x0. E o gol foi de pênalti. Foram 11 gols a favor e apenas 5 contra. A campanha foi ótima, o futebol nem tanto. Mas o principal disso tudo é que o mata-mata não tolera vacilos.

O primeiro jogo, com um a mais durante todo o segundo tempo no Maracanã. Faltou ousadia, vontade de matar o confronto na casa do adversário. Depois, o placar não tão avantajado após uma primeira etapa primorosa no Pacaembu. As chances perdidas poderiam ter se tornado uma goleada e a garantia de classificação. O que não aconteceu!

A Fiel sofreu, cantou, deu um show. Mas no fim, a declaração do presidente Andrés Sanches resumiu bem o que é disputar um torneio deste calibre: “Para ganhar a Libertadores, nós temos de jogar mais vezes. Temos de nos acostumar a disputar o torneio”, explicou o mandatário corintiano, já sonhando com o retorno à competição em 2011.

E não duvidem do Flamengo, que se classificou com a pior campanha da Libertadores. Os cariocas podem ganhar moral, crescer na hora certa e, por que não, ganhar a competição. Afinal, a Libertadores é diferente. Não tem lógica!



quarta-feira, 5 de maio de 2010

La main de Dieu


Repescagem européia. Prorrogação. Já eram jogados 13 minutos do primeiro tempo. A decisão de vaga na Copa em si já dava contornos dramáticos ao jogo entre França e Irlanda. Mas uma cobrança de falta do meio-campo fez mais. Fez o confronto entrar para a história.

Malouda cruzou, a bola atravessou toda a área e sairia pela linha de fundo. Sairia. Porque Thierry Henry não deixou. O experiente atacante dominou com mão e, mesmo assim, a bola iria pela linha fundo. Desta forma, o francês tocou outra vez com a mão. Com a bola controlada, Henry cruzou para o zagueiro Gallas marcar.

O gol deu a polêmica vaga aos franceses, que suaram para estar no Mundial da África do Sul. Aquele 18 de novembro entrará na história como um dos maiores erros de arbitragem já vistos. Ou, para os franceses, la main de Dieu (a mão de Deus)!

Histórico e expectativas


Campeã em 1998, a França decepcionou em 2002, caindo ainda na primeira fase, sem marcar um único gol sequer. Em 2006, no entanto, os franceses voltaram a apresentar um bom futebol e, comandados pelo maestro Zinedine Zidane, ficaram com o vice-campeonato, após serem derrotados nos pênaltis pela Itália.

Para 2010, a expectativa é menor que nas últimas Copas. A classificação difícil e a má campanha nas eliminatórias não credenciaram a equipe de Raymond Domenech como uma das favoritas. Tanto que os Bleus não foram sequer cabeça-de-chave. O peso da camisa francesa, porém, deve fazer com que a seleção chegue ao menos às oitavas-de-final.

Seus craques e jogo chave


Com um time experiente e até mesmo envelhecido, a França conta com jogadores respeitados nos maiores clubes europeus. Nomes como o próprio Thierry Henry (Barcelona) e Nicolas Anelka (Chelsea) contrastam com jovens que deixaram de ser promessas e já encantam o Velho Continente.

O atacante Benzema, do Real Madrid, é figura certa na convocação. O grande destaque dos Bleus, no entanto, é o meia Franck Ribery. O jogador conduziu o Bayern de Munique à final da Champions League e é alvo de interesse dos maiores clubes do mundo, como os espanhois Barcelona e Real Madrid, além dos ingleses Manchester United e Chelsea.

O jogo chave da França deve ser logo em sua estreia. Os europeus vão encarar o Uruguai em seu primeiro jogo. Uma vitória deve deixar os franceses mais tranquilos e com a classificação encaminhada. Um tropeço, porém, pode jogar pressão nos confrontos seguintes.

Minha aposta


Acredito que o peso da camisa deve ajudar a França, tanto quanto a boa fase do habilidoso Ribery. A primeira fase deve ser superada com certa tranqüilidade, deixando Uruguai e México disputando a segunda vaga. Creio que os franceses possam avançar, mas não devem passar pelas quartas-de-final.

Confira os jogos dos Bleus na primeira fase:

Data e hora
11/06/2010 15:30 Uruguai x França

17/06/2010 15:30 França x México

22/06/2010 11:00 África do Sul x França

terça-feira, 4 de maio de 2010

Por que a Argentina vive o futebol e o Brasil não?

Se você é nacionalista, nutrindo ódio dos argentinos, não leia este texto, pois provavelmente não irá gostar do seu conteúdo. Mas se você souber entender que os “hermanos” são melhores que nós em certos aspectos e nós somos melhores que eles em certos pontos, veja esse vídeo introdutório e se arrepie.



A nação argentina sabe viver o futebol, sabe amar esse esporte acima de tudo, sabe torcer com um frenesi enlouquecedor que move 11 seres humanos dentro de um gramado, sabe empurrar uma seleção ou agremiação de uma maneira assustadora para os adversários.

Este vídeo publicitário sobre a Copa do Mundo e a mítica da Argentina relata o sentimento de nossos vizinhos para o evento mais importante do país. E nós? O que fazemos? Fazemos uma propaganda de apoio insignificante de uma tartaruga ou caranguejo brincando com uma latinha de cerveja.

Isso não emociona ninguém e não trás nenhum sentimento, somente vende uma ideologia “engraçada” imposta por uma marca. A empresa midiática criadora do comercial argentino deve ter, com toda certeza, seus interesses ideológicos, mas passando um anseio que mexe com o subconsciente das pessoas, de tal maneira que o consciente logo percebe toda a mensagem.



A mídia brasileira não sabe valorizar e explorar o melhor das massas, apenas se limitando a vender seus produtos de forma esdrúxula, além de exagerar em uma rivalidade que ultimamente se limita as datas dos jogos entre os dois países, tanto no âmbito de clubes ou seleções, pois muitos jogadores atuam nos mesmos times no velho continente e são amigos.

O último episódio ridículo aconteceu na época da segunda semifinal da Champions League, entre Barcelona e Internazionale de Milão, onde a RGT extrapolou na rivalidade, tanto nos telejornais, web e na transmissão do jogo, mostrando um duelo entre Lúcio (Brasil) e Messi (Argentina), sendo que isso pouco importava no enredo desse grande clássico, além do narrador enfatizar o “estranhismo” de brasileiros e argentinos jogando lado-a-lado.

Um TCC sobre como a mídia influência essa realidade foi realizado com entrevista à jornalista dos dois lados da moeda. Veja um techo:



No meio de toda essa bagunça gerada pela mídia, a torcida brasileira vem tentando copiar a “inchada hermana”, porém nunca conseguirá. O “Es cultural” que um ator comenta sobre os “inchas” retrata o modo como nossos vizinho são únicos neste quesito, mesmo com toda a devoção dos ingleses, inventores do futebol.


A “inchada” vai para “El Mundial” incentivada com os dizeres: “Es increible. Tiran um millón de papelitos, cada vez que sale el equipo. Es cultural” e “Allá, no importa si van ganando o perdiendo, los tipo cantan igual”.

E nós com meros comerciais que ostentam a marca e não a nação.