terça-feira, 31 de março de 2009

A cara-de-pau da Globo

É brincadeira! Faz algumas semanas que o Globo Esporte soltou uma matéria sobre o horário dos jogos durante a semana, com torcedores reclamando que não têm como voltar pra casa. Justo. Só que ninguém falou nada sobre quem define os jogos pra "depois da novela": a Rede Globo de Televisão.

À época, deixei a matéria passar. Mas hoje, vendo uma chamada no SPTV, está lá o Thiago Leifert falando que os torcedores do Corinthians reclamam do horário do jogo de hoje porque não conseguem voltar para suas humildes residências.

A cara-de-pau é absurda. A maior responsável por essa estupidez que é o horário dos jogos no meio da semana é a própria Globo, que para não interferir no seu precioso horário da novela, que nem anda mais dando tanta audiência assim, quer mais é que o torcedor se dane.

Aí vem o Leifert me falando que se tivesse jogo às 3h da manhã, teria de ter transporte. Ah, vá fa napoli, né? É óbvio que o transporte paulistano é uma merda, mas tudo tem limite. O jogo acabar perto da meia-noite não significa nada? E o torcedor que tem que trabalhar no dia seguinte às 8h da matina? Ele não pode ir ao estádio por quê?

Sem contar que atleta não tem que estar jogando perto da meia-noite. É lógico que clube nenhum tem a manha de peitar a Globo, majoritária em todos os direitos televisivos futebolísticos do País, mesmo com outras emissoras oferecendo mais grana, mas esse é assunto pra outro post.

O revoltante é que eles vão insistir nesse papo de a culpa é da falta de transporte e não de quem marca o jogo nessa hora ridícula. Vale lembrar que mesmo pra quem volta de carro, e mora, por exemplo, em São Bernardo do Campo, como eu, ou mesmo no Jabaquara, pra continuarmos na mesma cidade, não se chega em casa antes das 1h30!

A verdade é que pra Globo tanto faz ter torcida ou não no estádio. Aliás, é melhor que todos fiquem em casa, vejam na TV aberta, ou paguem o PFC. A graça do futebol, que é ver no estádio, enxergando muito mais que na TV, está sendo expurgada. Os clubes e a TV não respeitam mais o torcedor, querem transformá-lo em consumidor, como se o futebol fosse algo que se consumisse, o entorno pode até ser, mas o jogo em si não. Ou alguém vai reclamar no Procon caso o jogo seja uma bosta?

Querem moldar os torcedores no estilo europeu. Com um bando de sentados, com aplausinhos aqui e acolá. O campeonato inglês é recheado de jogos assim, com torcida cliente, que de fato pouco se importam com o resultado do jogo, é só mais um evento.

quinta-feira, 26 de março de 2009

O Dez na de dez

O Banco Central da Argentina (BCRA) divulgou nesta semana que pretende mudar os rostos que estampam as cédulas do Peso Argentino. Entre as novas personalidades que podem figurar nas notas está, claro, Diego Maradona.

Juan Carlos Barron, o porta-voz do Círculo Filatélico y Numismático de Santiago do Estero- uma espécie entidade especializada em dinheiro - disse que a intenção da mudança é meramente turística. Por exemplo, se um turista chega ao país, não sabe quem é Belgrano, Roca ou San Martín, personagens importantes na história da Argentina, mas sem apelo internacional. Já Maradona é reconhecido em qualquer lugar do mundo.

Imagina se a moda pega aqui no Brasil e resolvam colocar brasileiros famosos internacionalmente no papel moeda? Quem você colocaria nas notas? Pelé? Ayrton Senna? Ronaldo? E quais cédulas cada um estamparia? De suas sugestões.

Montagem: Bruno Diniz

segunda-feira, 16 de março de 2009

O terceiro raio?

Quando Robinho surgiu no Santos, em 2002, a torcida alvinegra profetizou: o raio cai, sim, duas vezes no mesmo lugar. A referência era ao nascimento de mais um craque diferenciado, de valor mundial e que faria muito sucesso. O primeiro havia sido o Rei Pelé, eterno camisa 10 da Vila Belmiro, campeão de tudo com Santos na década de 60.

Robinho, por sua vez, usou o número 7 e fez sucesso. Colocou o Santos novamente em destaque no futebol nacional e até sul-americano, deu dois títulos brasileiros e foi para a Europa. Na Vila, os santistas lamentavam a passagem de mais um "cometa", que aparecia de anos em anos no clube praiano.

Mas parece que desta vez não vai demorar 30 anos para cair um novo raio. O jovem Neymar (foto), lapidado desde sua infância pelo Santos, é a nova aposta para ser o terceiro raio na Vila. Pinta de craque não falta ao jovem, que tem apenas 17 anos , apareceu na Copa São Paulo deste ano e é dono de um corpo franzino, muito parecido com o de Robinho.

Ontem, contra o Mogi Mirim, Neymar começou sua primeira partida como profissional do Santos. Mostrou a habilidade de sempre, o toque de bola diferenciado e animou os santistas. De quebra, fez um gol e levou os torcedores presentes no Pacaembu ao delírio. Será o terceiro raio? Mais um craque surgindo nos gramados da Vila Belmiro?

A comparação com Robinho é inevitável. Tanto pelo porte físico, quanto pelo estilo de jogo. Os dribles, a visão de jogo e o atrevimento são realmente parecidos. Neymar, porém, parece ser mais completo que Robinho, quando o mesmo surgiu no Brasileirão de 2002. Ele sabe finalizar e bate até faltas.

Tem potencial para ser um craque. Aliás, tem muito potencial e não deve escapar de um futuro brilhante no futebol. Contudo, é preciso ter muito cuidado com o jovem. Não queimar etapas e, principalmente, não cobrar e nem jogar toda a responsabilidade nas costas do garoto, passam a ser os objetivos do Santos para receber o terceiro raio!

sexta-feira, 13 de março de 2009

O tal time ideal...

Rogério Ceni; Renato Silva, André Dias e Miranda; Zé Luís, Jean, Hernanes, Jorge Wágner e Júnior César; Borges e Washington. Após um começo de temporada questionável e algumas reclamações do torcedor, o técnico Muricy Ramalho parece ter encontrado a formação ideal para o São Paulo atuar em 2009.

Nas duas últimas apresentações com a mesma escalação, o São Paulo fez as suas melhores apresentações no ano, contra América (COL) e Mirassol. Nada de futebol bonito, mas o estilo de jogo consistente, que foi a marca do Tricolor desde a chegada de Muricy, em 2006.

A marcação segue forte e, enfim, parece que a criatividade resolveu dar as caras. Nenhum gênio foi contratado, nem ao menos o tal camisa 10 tão pedido pela torcida. Mas uma simples mudança parece ter feito a diferença: a entrada do lateral Júnior César.

Rápido e bastante ofensivo, o ala agarrou a vaga e não deve mais deixar o time. Tem participado de uma boa parte dos gols da equipe, chegando à linha de fundo, coisa raríssima até então. Jorge Wágner foi deslocado para a meia e deu outro ritmo ao setor.

Quem perdeu espaço foi Hugo. Antigo meia titular, o jogador não estava agradando e não deve voltar ao time tricolor. Dagoberto também perdeu muitos pontos com o treinador com as recentes más atuações, além de ver a dupla de ataque Borges-Washington fazer sucesso.

Resumindo, o São Paulo parece encontrar o caminho das pedras. Não com aquele futebol de encantar os olhos, mas com o time do jeito que Muricy gosta: defendendo-se muito bem, trabalhando a bola e explorando a força dos atacantes. É o estilo de jogo que o treinador vê como ideal para chegar às finais da Libertadores.

E você, acha que o Tricolor já está pronto para as pedreiras da Libertadores ou ainda precisa evoluir?

terça-feira, 10 de março de 2009

O problema era Felipão...

...ou os jogadores? Fato é que desde a saída do técnico brasileiro Luis Felipe Scolari, o Chelsea não perdeu mais, sequer empatou, são 6 vitórias seguidas, incluindo o 1 a 0 sobre a Juventus, pelo jogo de ida das oitavas-de-final da Copa dos Campeões.

Hoje à tarde, o Chelsea, agora de Guus Hiddink, tem a chance de provar que o problema era mesmo o técnico brasileiro. Se passar pela Juve, o time londrino ganha moral e segue em busca dá tão sonhada conquista continental.

É verdade que existiam as barreiras da língua, mas questionar a capacidade, digamos, futebolística de Felipão não é justo. Eu assisti alguns jogos dos Blues sobre o comando do brasileiro, e a verdade é que muitos jogadores não se empenhavam tanto quanto deveriam. O principal deles era Drogba, que se mostrava mais afim de se transferir do que jogar.

Big Phill negou depois que alguma sabotagem possa ter surgido durante sua passagem no time inglês, mas afirma que com tempo mostraria seu valor.

Bom, sei que fiquei bem contente com a saída do Felipão. Gosto muito dele, mas não consigo torcer para o Chelsea. Time sem história e verdadeiramente de aluguel. Até o meu gloriosíssimo Newcastle tem mais títulos ingleses que eles. La vecchia signora vai te vingar Scolari!

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Lusa tentou contratar o Felipão

Olá amigos da Banca. Entendo que o assunto do momento é o Ronaldo, de forma merecida, mas não posso deixar passar um fato referente à Portuguesa de Desportos. Segundo o blogueiro e jornalista Cosme Rímoli, a Lusa tentou contratar, após a demissão de Mário Sérgio, “só” um dos técnicos mais bem pagos e gabaritados do mundo: Luis Felipe Scolari.

Não se trata de uma brincadeira, piadinha. Um tal de Luiz Lauca, vice-presidente do clube, entrou em contato com o gaúcho e logo de cara fez o convite. Felipão, claro, rejeitou o convite na hora, sorte do português que o técnico foi educado.

Quanta arrogância, sintoma de amadorismo pelos lados do Canindé. Lauca sabe que o ex-treinador de Palmeiras e Grêmio recebia um salário astronômico no Chelsea, disse que ficaria na Europa nos próximos anos. Seria um sonho até para a Seleção Brasileira conseguir trazê-lo de volta.

E não parou por ai o exemplo de incompetência da diretoria. Na mesma conversa, o dirigente lusitano teria pedido para Felipão indicar um técnico à equipe. A resposta foi Paulo Bonamigo, ele mesmo, que assumiu horas depois do papo. Qual das perguntas de Luiz Lauca pode ser considerada mais vergonhosa?

Queria dar meus parabéns a Lauca, ao presidente Manuel da Lupa, por estarem conseguindo transformar a tradicional Lusa em time pequeno, motivo de chacota. Aquela Portuguesa que disputou uma final de Campeonato Brasileiro, ganhou três paulistas, demorará a triunfar novamente. Apesar disso, nunca vou deixar de vibrar pela Lusa, sei que um dia verei aquele Canindé lotado novamente só com portugueses. Os padeiros, pizzaiolos e, acima de tudo, os milhares de admiradores da rubro-negra.

domingo, 8 de março de 2009

Iluminado!

Craque. No dicionário, esta palavra é definida como jogador de futebol que se tornou célebre; indivíduo ou coisa admirável pela excelência ou perfeição; ás. Nos gramados, porém, o sinônimo de craque pode ser apontado como Ronaldo Fenômeno.

No clássico entre Corinthians e Palmeiras neste domingo, o camisa 9 do Timão saiu do banco de reservas para, aos 48 minutos do segundo tempo, empatar o jogo e mostrar: o Fenômeno está realmente de volta.

O gol não foi ao estilo de Ronaldo. Não foi em uma de suas arrancadas características, pelo contrário. Foi de cabeça, algo raro em sua carreira. Mas valeu como um gol de Copa do Mundo. A comemoração, subindo (e quebrando) no alambrado e vibrando com a Fiel, mostrou a importância daquele gol para o Fenômeno.

Ronaldo, entretanto, começou entre os reservas. Viu um primeiro tempo fraco tecnicamente, também por causa do forte calor na cidade de Presidente Prudente. O Corinthians começou melhor, mas não assustou o goleiro Bruno. O Palmeiras logo equilibrou as ações e começou a dominar a partida, criando a melhor chance de gol, em cabeçada de Maurício Ramos, em que o goleiro Felipe fez bela defesa.

No início da segunda etapa, porém, um erro feio do arqueiro alvinegro. Após passe de Keirrison, Felipe saiu mal do gol, foi encoberto e a bola sobrou para Diego Souza. Tranquilo, o meia driblou o goleiro e bateu para abrir o placar para o Verdão.

O técnico Mano Menezes não esperou para agir. Colocou Dentinho no lugar de Souza e melhorou o ataque do Timão. Do outro lado, Luxemburgo logo tirou o autor do gol, Diego Souza, para colocar Willians e apostar nos contra-ataques. Aos 15 minutos, a alteração que todos esperavam: Ronaldo entrou em campo, substituindo o fraco argentino Escudero.

E aí o jogo mudou. O Corinthians foi para cima, em busca do empate. O Fenômeno, diferente da última quarta-feira, entrou bem, movimentando-se e buscando a bola. Nos contra-ataques, o Palmeiras poderia ter matado o jogo com Keirrison em duas oportunidades, mas não aproveitou.

Ronaldo, então, começou a mostrar suas cartas. Primeiro, um drible no meio-campo, sem sucesso na hora do passe. Depois, um belíssimo chute de fora da área, explodindo no travessão. Mais tarde, um drible e uma boa jogada na linha de fundo, que quase resultou em gol de André Santos.
No finalzinho, com a impressão que o Palmeiras já era o vencedor da partida, o árbitro Wellington Abade deu 4 minutos de acréscimos. Tempo suficiente para animar os corintianos. Após boa chance de Elias, um escanteio. Douglas cobrou aberto, o goleiro Bruno falhou e Marcão subiu menos que Ronaldo, que empatou de cabeça e fez a festa da Fiel.
Craque, predestinado, iluminado! Mas acima de tudo, merecedor de todo esse sucesso. Ronaldo é, sim, O CARA!

sábado, 7 de março de 2009

Meu palpite: 3 a 1 Palmeiras

Vou fazer de tudo para não quebrar a cara. Apostarei em um vencedor para o clássico deste domingo, em Presidente Prudente. O meu candidato aos três pontos e, quem sabe, para sair com uma goleada do interior, é o Palmeiras. Palpite: 3 a 1.

Embora, como escrevi no último post, Vanderlei Luxemburgo desistiu do futebol ofensivo dos primeiros embates em 2009, ao colocar, pelo que tudo indica, o volante Jumar na vaga do veloz Willians, o Palmeiras tem mais time, mais talento. O último quesito, principalmente, essencial para ganhar um jogo de futebol, por mais que a equipe tenha claros problemas no setor de retaguarda. Considero o trio Cleiton Xavier, Diego Souza e Keirrisson bem superior ao ataque alvinegro, composto pelos inoperantes Dentinho, Jorge Henrique e Souza –Douglas é o fio de qualidade.

E também não podemos ignorar os defeitos da zaga do time comandado por Mano Menezes. William se encontra mais lento do que nunca, sorte de ter Chicão ao seu lado. O Timão marca mal pelos lados do campo, devido a dois motivos distintos. Na esquerda, André Santos sempre primou pelas subidas ao ataque, enquanto Fabinho joga improvisado no setor oposto. No meio, Christian e Elias estão longe de serem grandes marcadores.

Portanto, a previsão é de um confronto aberto, com diversas oportunidades de gols. A vantagem, portanto, será do mais talentoso: o Palmeiras. Ainda mais se compararmos a capacidade de vencer uma partida dos dois técnicos. Ontem critiquei Luxa, mas ele tem muito, muito mais coragem para buscar a vitória, promover vários atacantes no decorrer da porfia sem hesitar. Mano Menezes sabe montar times, mas já mostrou em outros clássicos que “pipoca” na hora de ser audacioso em um jogo de tamanha importância.

Detalhe: a partida não vale nada, ambos estão praticamente garantidos nas semifinais. Mais um motivo para partirem ao ataque. Certo Mano Menezes e Vanderlei Luxemburgo?

sexta-feira, 6 de março de 2009

Acabou o futebol arte do Palmeiras

O clássico nem começou, ainda restam dois dias, mas o técnico palmeirense Vanderlei Luxemburgo sai pelo menos com um corpo de desvantagem para o rival Mano Menezes. Isso porque o “estrategista” parece ter adotado um esquema defensivo para o duelo. No treino de hoje, Luxa sacou Willians e colocou Jumar, alteração de quem está preocupado com a retaguarda.

Concordo que o técnico precisa reforçar o setor de marcação, leia-se meio-de-campo, que tem um Pierre solitário nos desarmes. O treinador, porém, não tinha a necessidade de mexer nas peças, bastava adiantar o lento Edmílson para o setor, deixando o time com dois zagueiros. Pior para o professor foi tirar Willians, simplesmente o mais lúcido do confronto frente ao Colo Colo.

Ora Luxemburgo, a conclusão que chego é que acabou aquele Palmeiras bonito de se ver jogar futebol, pois justo em um clássico o verde vai para a retaguarda. Mais do que ser derrotado duas vezes pela Libertadores, deixar ir pelos ares a invencibilidade no Paulista, é desistir da filosofia implantada no começo do ano. Realmente a situação do Palmeiras preocupa.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Uma volta fenomenal!

A vitória do Corinthians contra o Itumbiara, pela Copa do Brasil, foi o fato menos importante da noite de ontem. Isso porque Ronaldo Fenômeno finalmente voltou aos gramados do futebol brasileiro.

Foi o dia em que os corintianos ganharam companhia de palmeirenses, são-paulinos, santistas e torcedores de todo o Brasil. Por tudo o que já fez e conquistou, Ronaldo é querido por toda a nação e consegue acabar com as rivalidades. É fato: ninguém torce contra o Fenômeno!

Afastado do futebol desde fevereiro do ano passado e sem jogar por um clube brasileiro desde 1993, quando deixou o Cruzeiro, Ronaldo foi a atração da partida, que a bem da verdade, não passava de um jogo sem grande importância e que o Corinthians venceria sem problemas.

Desde o início da partida, as câmeras só focalizavam Ronaldo no banco. Ele conversou, riu e comemorou os gols corintianos. Mas a expectativa em torno do jogo era apenas essa: quando o Fenômeno entraria em campo. E o técnico Mano Menezes chamou o craque aos 20 minutos do segundo tempo, para delírio da torcida e dos jornalistas presentes.

Ao entrar em capo, via-se um camisa 9 ainda fora de forma, visivelmente despreparado para atuar em grande nível. Mas ninguém esperava ver o Ronaldo eleito três vezes melhor do mundo de volta. Pelo menos não agora. Ele ainda está acima do peso, lento e sem ritmo.

Mas o importante é que o Fenômeno correu, tentou se movimentar, deu alguns passes a até arriscou alguns dribles. Poderia ter consagrado sua volta aos gramados com um gol, mas o meia Douglas preferiu finalizar uma jogada a passar ao camisa 9, melhor posicionado.

Independente da vitória, da atuação ou da falta de gols, a volta de Ronaldo deve ser exaltada. Mais uma recuperação de um craque fenomenal, um dos maiores jogadores da história do futebol e um dos poucos capazes de unir corintianos, palmeirenses e são-paulinos!

Boa sorte, Ronaldo!

terça-feira, 3 de março de 2009

Debe tener muchas ganas!

Nem parece o mesmo time. Aquele Palmeiras encantador, de jogo rápido e envolvente, invicto no Paulistão, não parece ter entrado na Libertadores. Dois jogos, duas derrotas e a classificação comprometidíssima.

Um Palestra Itália lotado viu o time de Vanderlei Luxemburgo sucumbir no confronto ante o Colo Colo, do Chile por 3 a 1. Um placar justo por tudo que foi mostrado no jogo.

Lenta, sem vontade e com uma marcação frouxa, a equipe do Palmeiras parece que ainda não entendeu o espírito da Libertadores. A defesa não tem pegada, o ataque não mostra agressividade e o meio-campo não cria. Apenas Pierre e Willians (foto), que correram sem parar, merecem ressalvas. Luxemburgo também foi mal. Mexeu errado no intervalo e não conseguiu fazer o time jogar da forma que esperava.

Agora, com nenhum ponto em dois jogos, o Palmeiras precisa vencer todos os quatro jogos restantes para conseguir a classificação, coisa complicada e que, particularmente, não acredito.

Fato é que pelo menos até o dia 8 de abril, quando enfrenta o Sport, o Palmeiras será o último colocado do grupo 1. Que o Palmeiras entenda que Libertadores é diferente. Tem de lutar, jogar com vontade, ter gana de vencer.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Que fome!

O Santos venceu o clássico contra o São Paulo na Vila Belmiro, neste domingo, por 1x0, e voltou ao G-4 do Paulistão. A polêmica da partida, no entanto, foi a reclamação recíproca da dupla de ataque tricolor, Dagoberto (foto) e Washington.

O lance em questão aconteceu aos 32 minutos do segundo tempo. Dagoberto driblou dois zagueiros e entrou na área. Ao seu lado, Jean e Washington pediam a bola, livres. O atacante são-paulino tentou finalizar a jogada sozinho e chutou em cima da zaga, facilitando a defesa de Fábio Costa e levando os companheiros à loucura.

Washington, visivelmente nervoso com a falta de jogo coletivo do parceiro de ataque, saiu de campo reclamando. Dagoberto, por sua vez, respondeu a altura e disse que também não gosta de algumas jogadas do camisa 9 e nem por isso sai fazendo críticas.

Na verdade, como diria o torcedor de forma bem popular, é muito gás para pouca Coca-Cola. Washington tem o direito de reclamar? Tem. Mas não anda com moral para isso. Desde que chegou do Fluminense, com status de estrela, não vem agradando. Tenta, em vão, fazer o papel de pivô. Além disso, tem feito poucos gols e criado muito pouco.

Dagoberto, por sua vez, é o único a tentar jogadas diferentes. Ele corre, volta para buscar o jogo e muitas vezes faz o papel que seria de Hugo, na armação das jogadas. Segue com o grande problema de querer enfeitar todos os lances e fazer apenas gols bonitos. Se jogasse um pouco mais simples, teria mais sucesso. E, mesmo assim, não é nem sombra da revelação que pintou no Furacão e chegou à Seleção Olímpica.

Diante do bate-boca dos dois atacantes, quem ganha (mais) espaço é o centroavante Borges que, suspenso, não esteve em campo. O camisa 17 não tem tanta publicidade, mas continua sendo o atacante mais efetivo do time do São Paulo, marcando gols importantes, como contra o Independiente, na estreia do Tricolor na Libertadores.