segunda-feira, 31 de agosto de 2009
A vitória do jogo feio
terça-feira, 11 de agosto de 2009
À européia...
O assunto do momento no mundo futebolístico é o calendário. Sempre vilãs de clubes e jogadores que vão indo mal, as datas do futebol nacional são constantemente questionadas. Os times jogam demais, não há descanso, o futebol europeu leva todo mundo embora na janela, e outras tantas ladainhas.
Volta e meia sempre surge o papo de organizar o Brasileirão de forma que ele comece em um ano e termine no outro. Ou seja, assim como os campeonatos de maior expressão na Europa, começar o certame nacional no segundo semestre e ter temporadas com hífen. 2010-11!
Ouvi e li várias opiniões sobre o assunto nas últimas semanas. Pensei que isso nunca pudesse acontecer, mas com nosso presidente boleiro Lula pressionando, a CBF já acena para uma mudança.
Vamos aos pontos que devem ser analisados. Antes de seguir, já aviso que sou a favor da "adequação", e não porque estamos errados, e sim porque temos que seguir o mercado mais forte, que é o do Velho Continente.
A Europa não é o Brasil, e vice-versa. Parece bobeira citar tal obviedade, mas é preciso ressaltar as diferenças das duas regiões. No Brasil não neva, não tem furacão, nem vulcões e nem segue padrões climáticos. Citar a questão meteorológica como algo que impede a mudança de calendário é pobreza de argumento.
Nessa terra onde canta o sabiá nunca se sabe se vai chover ou ter sol, se fará frio ou calor, independente da estação do ano. Há probabilidades, que tão pouco ajudam alguma coisa. Em São Paulo mesmo, essa semana choveu horrores e depois saiu um puta solão no dia seguinte. Vai saber.
Acredito que o maior problema seria cultural. Hoje o campeonato começa em maio e vai até dezembro. Na mudança, começaria em agosto/setembro e só acabaria em abril/maio. Muita gente estranharia, mas isso seria só no começo. Janeiro teria mais jogos, junho e julho ficaram para competições entre nações.
Os clubes tendem a ganhar com isso, pré-temporada no meio do ano, baixa temporada, sairia mais barato. Participações em copas no exterior, e até organização em território brasileiro de torneios amistosos com clubes europeus ajudariam a divulgar a marca e também a mostrar jogadores para seus potenciais compradores.
A grande rival disso tudo, e por razões ainda obscuras em minha mente, seria a TV, aliás, seria a Globo, única detentora dos direitos televisivos do esporte bretão tupiniquim. Não conheço muito de contratos de publicidade para TV, mas a verdade é que, mudando ou não o calendário, temos futebol o ano inteiro, graças aos Estaduais, que não devem acabar, mas serem menores, ou jogados ao longo do ano, como um mata-mata. A Globo pode sim acatar as mudanças, chega de preguiça, já não basta o fato de pagar tão pouco por transmissões televisivas de futebol?
A questão é enxergar o ano de outra forma. Os clubes, que já não fazem nada direito mesmo, não teriam problema em não fazer nada direito com o campeonato à européia.
A mudança no calendário nacional deve diminuir a mutação que os clubes sofrem no meio do Brasileirão, mas deve favorecer para que obtenham caixa de outras formas, até mesmo com mais vendas de jogadores, que poderão ter mais visibilidade.
Imaginem a Libertadores terminando no mesmo dia da Champions! A promoção dos dois eventos em conjunto! Um mundial de clubes sendo realizado na semana seguinte, com ambos os times no ápice!
Temos mais a ganhar do que a perder!
E vocês o que acham? Devemos mudar nosso calendário e distribuir melhor as competições.
por Obede Jr. às 14:27
Categoria: Brasileirão, Calendário, CBF, Editorial, Futebol Europeu
terça-feira, 4 de agosto de 2009
O campeão voltou?
A derrota para o então líder Atlético-MG foi a gota d'água para o elenco tricolor. Uma mudança no estilo de jogo, comandada pelo técnico Ricardo Gomes, e, principalmente, uma mudança de comportamento fizeram o São Paulo ressurgir.
Desde então, o Tricolor venceu o Santos, empatou fora de casa com o Inter, mesmo prejudicado pela arbitragem. Depois venceu Barueri, Grêmio e Vitória, pulando da 16ª para a 8ª posição. A sequência deu moral para o time, que já começa a sonhar com título, mesmo sendo algo muito distante.
Ainda é cedo e o São Paulo está 10 pontos atrás do líder Palmeiras. Mas o grito da torcida são-paulina, no Barradão, dizendo que "o campeão voltou", deve ter feito os adversários ligarem o sinal de alerta. Todos se lembram do que aconteceu em 2006, 2007 e 2008...
É difícil? Muito. Todos cravavam (inclusive o blogueiro que vos escreve) que o São Paulo passaria em branco em 2009. Mas eu, pelo menos, já não assino embaixo. O hepta é um sonho distante, mas volta a ganhar vida pelos lados do Tricolor.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
De que vale a liderança?
Ao vencer o Sport na Ilha do Retiro o Palmeiras se tornou o melhor líder de todos os líderes desde a implementação do sistema de pontos corridos (termos de TI haha), em 2003. Isso é, o melhor líder na 16ª rodada.
Lembraram também que o Corinthians de 2005 tinha 34 pontos depois de 16 jogos. Mas a verdade é que os alvinegros tinham só 31, quando o jogo contra o Santos foi disputado novamente por conta da máfia do apito, e era válido pela 16ª rodada, o Corinthians, que havia perdido, venceu, e aí sim chegou aos 34. Oficialmente Palmeiras iguala o rival, mas na prática, a melhor campanha é alviverde.
De qualquer forma, é a típica estatística besta. O time é o melhor líder da 16ª rodada da era dos pontos corridos! E? O mais importante é exaltar como o Palmeiras vem jogando e se tem consistência suficiente para se manter líder até completar a rodada que realmente interessa, a última.
Dez vitórias em 16 jogos é uma excelente marca. 14 gols em 16 jogos, a melhor defesa, também é algo a celebrar. Mas o futebol não é só números..
A verdade é que é preciso segurar os bons jogadores, ou algum torcedor palmeirense acredita que será campeão se Diego Souza, Cleiton Xavier e Pierre saírem na janela? Seu rival é o maior exemplo disso.
Dono do melhor futebol do primeiro semestre, pelo menos do fim dele, o Corinthians tinha tudo para ser penta antes do rival verde. Mas desmontou o time e não terá forças para chegar.
Inter vendeu Nilmar e não mais teve consistência, isso somado aos jogadores que entraram em má fase, casos de D'Alessandro, Taison e de Kléber, que sequer teve boa fase esse ano.
Cruzeiro vendeu Ramires, o pulmão time, mesmo que em suas derradeiras partidas tenha estado mal, e ainda não recuperou os pontos deixados de lado ao priorizar a Libertadores.
O Grêmio não perdeu ninguém, São Paulo também não. Digo, ninguém de suma importância. Os tricolores viveram fases controversas. O gaúcho chegou às quartas depois de ter feito a melhor campanha da primeira fase da Libertadores. O paulista não encontrou boa fase técnica de seus principais jogadores. Hernanes e Rogério Ceni estavam longe do que podem render, e os reforços cariocas não renderam o esperado. Ambas as equipes mostraram melhoras, mas ainda seguem longe da liderança.
Palmeiras e Atlético-MG não perderam ninguém. Tá, o Palmeiras perdeu Keirrison, mas a torcida garante que foi a melhor coisa que aconteceu a equipe. Eu concordo. Com times entrosados e dedicados, são os dois melhores do campeonato. Não acaso líder e vice-líder.
Manter a base é essencial, ter um banco bom é diferencial. Palmeiras e Galo tem bons times titulares mas podem penar com seus reservas, principalmente a equipe mineira.
Eu não acredito que ser o melhor líder de todos os tempos da 16ª rodada seja indício de alguma coisa, mas com 66 pontos faltando e, supondo, que o Palmeiras conquiste apenas 50% dos seus pontos, a equipe alviverde terá feito 67 pontos. Considerando uma campanha irregular. Ou seja, estar na frente é ótimo, mas só pra quem sabe se manter na frente.
por Obede Jr. às 15:38
Categoria: Atlético-MG, Brasileirão 2009, Liderança, Palmeiras, Transferências