Após o clamor do público (será?), o técnico-anão Dunga convocou Amauri (foto), da Juventus, para o amistoso contra a Itália. O atacante entra no lugar de Luís Fabiano, cortado por contusão.
Pretendido pela seleção italiana, Amauri vivia grande expectativa para essa convocação. Não foi chamado, com a justificativa dunguística de que o brasileiro se sentiria muito pressionado ao enfrenter sua, se é que assim podemos chamar, segunda pátria, que demonstra mais respeito e desejo por ele, vale ressaltar.
Deu que Amauri ficou bem feliz com a chance, até demais, tanto que não jogou nada na derrota da Juve para o Cagliari neste sábado por 3 a 2. Ironias do futebol.
Mas não é que o clube bianconero quer melar a estreia do jogador com a amarelinha? Como o prazo da FIFA de convocação é de no máximo 14 dias antes da partida (Brasil e Itália se enfrentam no próximo dia 8), a Juventus indica que não irá liberar o jogador, chegando a insinuar que ele precisa se concentrar mais no clube.
A jogada no entanto pode ser política. A imprensa italiana, fãs do país bota e o técnico da Azzurra, Marcello Lippi, querem Amauri vestindo o manto azul pelo resto da vida, coisa que não seria possível caso ele se apresente à Seleção. Confesso não saber se ele precisa jogar em si, ou somente ser relacionado para a partida.
Amauri iniciou sua carreira no futebol aos dezenove anos, no Santa Catarina Clube. Se transferiu para o Napoli em 2000, após participar de um torneio sub-20 na Itália. O atacante não permaneceu em Nápoles por muito tempo e acabou se transferindo para o Piacenza em 2001.
Em 2002, foi para o Messina, onde teve mais oportunidades. Mas, foi no Chievo em 2003, onde Amauri começou a ter mais destaque no calcio. Em 2006 foi para o Palermo por sete milhões de euros. Após duas ótimas temporadas pelo Palermo foi contratado pela Juventus, por 15,3 milhões de euros.
Sim, uma história muito bonita e emocionante. Mas vamos ao que importa. Amauri vale todo esse burburinho e polêmica que tem sobre si? Já ouvi comentários de que o estilo de jogo dele, após tantos anos na Itália, é de um verdadeiro italiano: trovador, não-técnico, matador e aguerrido. Algo como um Luca Toni, vai.
Penso se essa forma de jogar se encaixa no selecionado brasileiro, aliás, qual o último atacante desse naipe que se deu bem na Seleção? Podem falar que Adriano e Luís Fabiano são mais ou menos assim, mas demonstram ter alguma técnica, e apesar de fortes, não são muito aguerridos, Gattusos vestindo a 9, e tão pouco são unanimidades e ídolos do povo. Pelo contrário, quando a coisa aperta, costumam se esconder, ou beber, no caso do Adriano (haha).
E você, o que acha: Amauri, que afirmou querer defender o Brasil, merece uma chance na Seleção, ou o lugar dele é na Itália?
sábado, 31 de janeiro de 2009
Amauri ganha chance, mas Juve nega liberação
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Já tá pronto?
Quatro vitórias em quatro jogos, 12 gols feitos e 1 tomado. Liderança no Paulistão e vaga garantinda, ou praticamente, na fase de grupos da Libertadores. O Palmeiras começou 2009 melhor do que se esperava. A dúvida é: o time está pronto ou só pegou babas?
É fato que nenhum dos rivais enfrentados até o momento não vislumbram grandes feitos este ano, mas as vitórias não devem ser diminuídas. O time de Palestra Itália está mais leve e técnico, consequentemente mais rápido e incisivo. Peças como Keirrison (foto), Cleiton Xavier, Willians e Edmilson se encaixaram muito bem no elenco e o entrosamento, que falta em outras equipes grandes do País, parece que chegará antes no plantel do "pofexô" Luxa.
A torcida palestrina já demonstra um otimismo acima do normal, mas é preciso calma. A suposta primeira decisão do ano terminou em fáceis 5 a 1 contra o fraco, gordo e boliviano Real Potosí. Muitos dizem que o time só será testado de verdade nos clássicos do Paulistão, e quem sabe em confrontos fora de casa na Libertadores.
E para vocês, o Palmeiras já demonstra a estirpe de uma grande equipe ou não ganhou de ninguém?
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Guilherme foge da Ucrânia, mas jogará segundona da Espanha
O jovem atacante Guilherme (foto) decidiu o seu futuro: vai trocar o Cruzeiro pelo Real Zaragoza, time que está disputando a segunda divisão da Espanha. O valor da transação não foi divulgado, mas deve girar entre 8 e 10 milhões de euros.
O ex-jogador do Cruzeiro era pretendido pelo Dinamo de Kiev (UCR) e escapou da roubada de jogar no escondido futebol ucraniano, para onde o atacante Kléber, que estava no Palmeiras, nem pensa em voltar. Além do frio intenso, o campeonato é pouquíssimo visto e bons jogadores têm se perdido ao ir para lá, como Ilsinho, ex-São Paulo, e Willian, ex-Corinthians.
Mas se por um lado Guilherme fugiu de uma gelada, por outro parece que o promissor artilheiro terá um grande desafio, já que chegará ao Zaragoza provavelmente para substituir o também brasileiro Ricardo Oliveira, que deve deixar o time. Além disso, será a maior aposta do clube para retornar à elite do futebol espanhol, fato tido como obrigação no clube.
O Cruzeiro conseguiu o que queria: apenas dinheiro na transação de Guilherme. A oferta ucraniana parece muito melhor, pelo menos para os torcedores. Afinal, além de receber uma boa quantia (cerca de 6 milhões de dólares), ainda teriam o atacante Kléber, que chegaria para reforçar a Raposa na Libertadores.
Agora, o time mineiro busca um atacante para substituir o jovem. Mas pensa em alvos mais acessíveis e, principalmente, em conta. Marcelinho Paraíba, que está brigando com o Flamengo por salários atrasados, é o primeiro nome da lista.
Atualizado! Cruzeiro desistiu da venda!
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
'Deslumbrou' ou o 'bom moço' nunca existiu?
Cof...cof...cof... Primeiro, deixa eu tirar a poeira disso aqui. Faz tempo que ninguém publica nada na gloriosa Banca do Futebol.
Faxina feita, vamos aos fatos.
Há um certo tempo já venho pensando nesse assunto, mas faltava acontecer alguma coisa para eu me pronunciar. Pois não falta mais nada.
Robinho, aquele menino genial e cheio de personalidade, que surgiu no Santos campeão brasileiro de 2002, é tido por muitos como craque, ídolo, exemplo para a molecada.
Meu pai dizia tempos atrás que o Robinho é aquele "negrinho" que você olha e logo vê a cara de bonzinho, de bom moço. Mas até o velho deixou essa opinião de lado de uns tempos pra cá. Robinho mudou, "deslumbrou" e tornou-se um sujeito antipático, mascarado. Mas será que mudou mesmo ou ele nunca foi esse cara legal?
Robinho vem de família humilde, da periferia de São Vicente, no litoral paulista. Cresceu ao lado de algumas pessoas que escolheram o jeito mais fácil de enriquecer, o crime. Robinho aproveitou o talento que recebeu e foi jogar futebol para juntar os seus trocados.
No entanto, em 2005, o primeiro escândalo. Ainda jogador do Santos, foi investigado por suspeitas de envolvimento com o traficante Naldinho. Ele confessou que conhecia o traficante, mas nada que pudesse incriminá-lo ficou provado.
Em alta no Santos e na Seleção, forçou a saída do time da Vila Belmiro para ir ao Real Madrid, em uma transferência astronômica. Conseguiu o que queria, mas, ao chegar lá, não conseguiu brilhar. Virou presença constante nas baladas da capital espanhola e não conseguiu sequer manter a titularidade.
Mesmo assim, Robinho só ganhava mais e mais prestígio na seleção brasileira. Virou o homem de confiança de Dunga e colocou de vez na cabeça que era craque e merecia ser tratado como tal.
Sem espaço no Real Madrid, fez de tudo para conseguir uma transferência para o Chelsea, que acabara de contratar Felipão. Se recusou a jogar e, praticamente obrigou os merengues a negociá-lo. Mas o tiro saiu pela culatra e, no último dia de inscrições na Europa, os espanhóis o venderam para o modesto Manchester City.
Chegou com status de ídolo, craque, gênio e, certamente, seria promessa de muitos gols. Mentira. Robinho até que fez os seus golzinhos, mas o City jamias conseguiu chegar perto dos líderes, muito pelo contrário, vive ameaçado pela zona do rebaixamento.
Na semana passada, a estranha fuga da concentração acendeu um sinal de alerta no novo clube. No Brasil, a história é que ele viria apenas para passar o aniversário de 25 anos, mas não era verdade.
Robinho saiu fugido de Tenerife, onde a equipe estava treinando, logo que soube que uma moça de 18 anos o estava acusando de estupro em uma boate em Leeds. Sabendo que seria convocado a depor, correu para o Brasil. Ao voltar para a Inglaterra o inevitável aconteceu e mais um escândalo caiu na boca do povo.
A grande questão é: o que faz de um jogador de futebol bem sucedido e com um enorme carisma se afundar em denúncias e complicações extra-campo? Por que essas coisas não acontecem com os argentinos, nossos vizinhos, que são respeitados em toda Europa pelo profissionalismo que tocam suas carreiras?
E você, o que pensa sobre Robinho? É mais um que vai se afundar e se acabar em seu próprio ego?