sábado, 31 de janeiro de 2009

Amauri ganha chance, mas Juve nega liberação

Após o clamor do público (será?), o técnico-anão Dunga convocou Amauri (foto), da Juventus, para o amistoso contra a Itália. O atacante entra no lugar de Luís Fabiano, cortado por contusão.

Pretendido pela seleção italiana, Amauri vivia grande expectativa para essa convocação. Não foi chamado, com a justificativa dunguística de que o brasileiro se sentiria muito pressionado ao enfrenter sua, se é que assim podemos chamar, segunda pátria, que demonstra mais respeito e desejo por ele, vale ressaltar.

Deu que Amauri ficou bem feliz com a chance, até demais, tanto que não jogou nada na derrota da Juve para o Cagliari neste sábado por 3 a 2. Ironias do futebol.

Mas não é que o clube bianconero quer melar a estreia do jogador com a amarelinha? Como o prazo da FIFA de convocação é de no máximo 14 dias antes da partida (Brasil e Itália se enfrentam no próximo dia 8), a Juventus indica que não irá liberar o jogador, chegando a insinuar que ele precisa se concentrar mais no clube.

A jogada no entanto pode ser política. A imprensa italiana, fãs do país bota e o técnico da Azzurra, Marcello Lippi, querem Amauri vestindo o manto azul pelo resto da vida, coisa que não seria possível caso ele se apresente à Seleção. Confesso não saber se ele precisa jogar em si, ou somente ser relacionado para a partida.

Amauri iniciou sua carreira no futebol aos dezenove anos, no Santa Catarina Clube. Se transferiu para o Napoli em 2000, após participar de um torneio sub-20 na Itália. O atacante não permaneceu em Nápoles por muito tempo e acabou se transferindo para o Piacenza em 2001.

Em 2002, foi para o Messina, onde teve mais oportunidades. Mas, foi no Chievo em 2003, onde Amauri começou a ter mais destaque no calcio. Em 2006 foi para o Palermo por sete milhões de euros. Após duas ótimas temporadas pelo Palermo foi contratado pela Juventus, por 15,3 milhões de euros.

Sim, uma história muito bonita e emocionante. Mas vamos ao que importa. Amauri vale todo esse burburinho e polêmica que tem sobre si? Já ouvi comentários de que o estilo de jogo dele, após tantos anos na Itália, é de um verdadeiro italiano: trovador, não-técnico, matador e aguerrido. Algo como um Luca Toni, vai.

Penso se essa forma de jogar se encaixa no selecionado brasileiro, aliás, qual o último atacante desse naipe que se deu bem na Seleção? Podem falar que Adriano e Luís Fabiano são mais ou menos assim, mas demonstram ter alguma técnica, e apesar de fortes, não são muito aguerridos, Gattusos vestindo a 9, e tão pouco são unanimidades e ídolos do povo. Pelo contrário, quando a coisa aperta, costumam se esconder, ou beber, no caso do Adriano (haha).

E você, o que acha: Amauri, que afirmou querer defender o Brasil, merece uma chance na Seleção, ou o lugar dele é na Itália?

Um comentário:

Bruno Diniz disse...

Eu acho que ele está merecendo a chance mais do que o bêbado do Adriano.

Maaaaas, se eu fosse ele, não aceitaria essa convocação, principalmente pra ser um tapa-buraco. Jogaria pela Itália, que é o país onde ele escreveu toda sua história no futebol.

Fora isso, no Brasil temos atacantes melhores que ele, como o Keirrison e o próprio Kléber Pereira.