Na Inglaterra, 15 de abril não é um dia qualquer, principalmente para a torcida do Liverpool. Há exatos 20 anos, uma tragédia transformou o futebol inglês.
No estádio Hillsborough, em Sheffield, Liverpool e Nothingham Forrest se enfrentavam pela semifinal da Copa da Inglaterra. Um número de torcedores dos Reds maior do que o esperado compareceu à partida e, conforme o jogo se iniciava, uma multidão se aglomerou ao redor do estádio e começou a entrar pelos portões. Enquanto isso, já do lado de dentro, os torcedores que estavam encostados no alambrado, passaram a ser esmagados.
A partida foi interrompida aos seis minutos do primeiro tempo, quando alguns fãs começaram a pular o alambrado para tentar escapar do esmagamento. No total, 766 pessoas ficaram feridas e 96 morreram. O último a morrer, Tony Bland, ficou no hospital por quatro anos, em coma.
O desastre fez as autoridades inglesas adotarem uma série de medidas para evitar que aquela cena se repetisse. O então ministro da justiça, lorde Taylor de Gosforth, preparou um relatório que dizia, entre outras coisas, que os estádios não poderiam ter grades ou alambrados para separar o público do campo. Além disso, todo torcedor que comprasse ingresso deveria ter uma cadeira para ver o jogo. As "gerais", áreas nas quais se vê o jogo de pé, teriam de ser completamente abolidas.
O aniversário dos 20 anos da tragédia de Hillsborough serve para fazer-nos pensar em mudanças para o futebol brasileiro. Não se pode mais haver o desrespeito que as torcidas sofrem hoje em dia. Já está mais que na hora de nossos estádios possuírem cadeiras numeradas, segurança, compra de ingressos antecipada (com carnês e/ou pela internet), postos de alimentação e banheiros dignos. A paixão pode ser a mesma, mas os tempos são outros e é hora de pensarmos no futuro.
3 comentários:
Pois é...
Apesar de triste, este foi um episódio extremamente positivo para o futuro do futebol inglês. Foi o início da modernização e parte importante para fazer o futebol do país o mais forte do mundo!
Aqui no Brasil, alguns casos poderiam ter servido de exemplo. O acidente na final do Brasileirão de 93, no Maracanã, a final da Copa João Havelange, em 2000, em São Januário...
Enfim, exemplos não faltam. Mas parece que o exemplo não foi seguido. Talvez a Copa de 2014 traga a modernização necessária. Vamos ver!
Como diria o glorioso Chaves, há males que vem pra bena..
E esse episódio teve seu lado bom, essa organização no entorno do futebol.. conceito básico que ninguém aplica!
Esse controle da torcida é algo bom, e penso que no Brasil seria bem legal, apesar dos torcedores de fezes, afinal, são poucos os que realmente gostam de futebol no Brasil..
O problema é carear o ingresso, elitizar o futebol na Inglaterra é uma coisa, lá todo mundo é elite, no Brasil é outra, cometer absurdos como a dirtoria do Sport fez contra o Palmeiras, com arquibancada, pra ficar de pé, a 100 reais é palhaçada!
O futebol tem seu lado de negócio e tem seu lado paixão.. tratá-lo só de uma forma é errado, precisa ter equilíbrio, e com a certa qualidade que temos no País, o campeonato brasileiro poderia sim se tornar espetáculos, imagem estádios modernos e sempre lotados?
Lá vem o Obede falar de negócio ou paixão... hahaha
E quando eu disse final de 93, equivoquei-me... creio que foi 92, jogo entre Flamengo e Botafogo, que o Júnior fez um golaço de falta.
Até porque 93 o campeão foi o Palmeiras.
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