quinta-feira, 9 de abril de 2009

Cara de Libertadores

Após 36 dias, muita tensão e clima hostil entre diretorias. Palmeiras e Sport se enfrentaram na Ilha do Retiro, pela Copa Libertadores da América. O jogo ganhou ares de decisão após as duas primeiras rodadas do Grupo 1 do torneio, considerado El grupo de la muerte! Tradicional no torneio, o alviverde paulista foi derrotado nos dois jogos e o clube pernambucano, apenas em sua segunda participação, somou 6 pontos, com uma vitória em Santiago, contra o Colo-Colo.

Com isso, uma derrota palmeirense ontem sacramentaria o fim das chances do clube no torneio e levaria o rubro-negro recifence às nuvens.

O jogo, como disseram narradores e comentarista, teve cara de eliminatória e foi mais tático e físico que o esperado. Teve cara de Libertadores. Sem se afobar e praticamente perfeito defensivamente, o Palmeiras soube anular os pontos fortes do Sport, e saiu vencedor. 2 a 0. Um gol de Maurício Ramos/Keirrison e outro, golaço, de Diego Souza, o nome da partida.

O time de Vanderlei Luxemburgo parece finalmente ter encontrado a pegada certa para disputar o torneio continental. Se não foi brilhante tecnicamente, foi eficiente na marcação e soube fazer faltas e segurar o jogo. Abaixou a crista da torcida empolgada e não cedeu à pressão.

A arbitragem foi algo peculiar. Acostumados a jogos corridos na Libertadores, os dois times estranharam a postura do paraguaio Carlos Torres, que marcou até pensamentos faltosos. No fim das contas, o jogo truncado acabou favorecendo o Palmeiras. Ironias do destino, já que um árbitro estrangeiro foi pedido do próprio Sport, temendo favorecimentos que juízes brasileiros poderiam fazer.

A vitória não coloca o Palmeiras entre os classificados, mas dá moral, muita moral. E isso conta, e muito para disputar uma Libertadores. O Sport precisa abrir os olhos, porque se vangloriar de invencibilidade no fraquíssimo campeonato pernambucano é pouco e o time precisará jogar mais e a falta de experiência em torneios do quilate da Liberta pode pesar.

Um comentário:

João de Andrade Neto disse...

Jogo chato! Não parecia o Palmeiras, parecia mais o São Paulo. Entendam isso como quiserem, mas tratando-se de Libertadores, deve ser encarado como elogio.

O Sport sim me decepcionou. E muito! Esperava muito mais do que o que foi apresentado. Esperava especialmente do atacante Ciro, que se mostrou um garoto. Absolutamente nervoso, alterado com a importância da partida. Tecnicamente, tentou alguns dribles, mas não fez nada!

Agora o grupo A embola. O Palmeiras tem obrigação de vencer em casa, senão joga fora o grande placar conquistado fora de casa. A situação ainda é complexa, mas as chances aumentaram.

Para quem acredita, o tal matemático Tristão Garcia dava 3% de chance de classificação antes do jogo. Após a vitória, as hipóteses alviverdes subiram para 36%.