sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Os milanistas pedem mudanças

Acompanho futebol, com uma certa dose de consciência tática, posicionamento dos atletas em campo, desde 1995, e sempre repudiei técnicos que pensem o jogo defensivamente. Aquela máxima do Carlos Alberto Parreira de que o gol é um mero detalhe, embora o próprio tenha armado equipes ofensivas, vide o Corinthians de 2002.


Mas, nesses 14 anos de rodagem, não recordo de ter visto um técnico tão medroso quanto o Carlo Ancelotti, do Milan. A cartilha do treinador proíbe escalar o time com dois atacantes e, quando ele opta pela formação, a Itália fica perplexa. Se o Milan está vencendo, nada mais comum para o treinador do que tirar um avante e colocar um marcador.


Ontem me coloquei na pele dos torcedores do rubro-negro. Mesmo jogando mal, a equipe vencia o Werder Bremen pela fase eliminatória da Copa da Uefa por 2 a 0, até que recuou, cedeu espaço para os visitantes, Ancelotti pôs seus jogadores na defesa. Resultado: os alemães empataram, deixando os rossoneri fora da disputa.


O resultado evidencia o que deveria ser feito ainda na temporada passada. O Milan necessita de uma reformulação imediata no elenco, mudança que passa obrigatoriamente pela saída do técnico e de alguns jogadores. Um time que tem no elenco Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Pato, para ficar só nos brasileiros, não pode ficar fora da Liga dos Campeões, muito menos ser eliminado precocemente de um torneio de segunda linha da Europa. Acorda Berlusconi.


Dida não tem mais bola para atuar numa equipe da grandeza do Milan, se é que um dia teve. No miolo de zaga, o ídolo Maldini, com mais de 40 anos, já passou da idade de abandonar os campos. O excelente Pirlo, que fez uma grande Copa do Mundo em 2006, parece sem a mesma motivação de outros tempos, situação inversa a do atacante Inzagui que, no entanto, está em fase descendente na carreira, assim como Shevchenko. Todos craques, que serão eternos em Milão, mas que hoje só atrapalham a evolução do clube.


Embora a janela de transferências só reabra no meio do ano, passou da hora do Milan começar a montar um novo time, afinal a temporada atual foi pelos ares. O rubro-negro sequer nutre chances de levantar o scudetto, já que enxerga a rival Internazionale bem longe na tabela de classificação, com 11 pontos de vantagem.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Que contraste, Verdão!

O Palmeiras venceu o São Caetano ontem, por 4x3, em um jogo emocionante e cheio de alternativas. O resultado deixou o Verdão novamente na ponta do Paulistão. Mas o contraste na atuação do time alviverde chamou atenção.

No ataque, Keirrison comanda as ações com brilhantismo. Rápido, oportunista e artilheiro nato, o K9 fez dois e é o maior goleador do campeonato. É um grandíssimo jogador, com potencial para se tornar um craque, não só para a torcida palmeirense, mas para jogar na seleção brasileira.

O K9 tem sido muito bem municiado por Cleiton Xavier, que teve um ótimo começo de temporada com a camisa 10 do time. Além disso, conta com a boa fase de Diego Souza. O meia fez uma excelente partida ontem, com dribles, assistências e um gol. O camisa 7 parece estar recuperando a boa forma dos tempos de Grêmio, que valeram um grande investimento por parte da Traffic, parceira do Verdão.

Mas se por um lado o ataque corresponde e até supera as expectativas, a defesa não anda tendo o mesmo desempenho. O Palmeiras tinha, até ontem, a melhor defesa do Paulistão. Mas os três gols sofridos ligaram o alerta na linha defensiva alviverde. Principalmente nas jogadas aéreas, onde a equipe tem falhado bastante. Foram 8 gols sofridos nos últimos três jogos (derrota para a LDU, na Libertadores, empate com a Lusa, no Paulistão e a vitória de ontem), uma média muito alta e preocupante.

Contra o São Caetano, Edmílson fez sua pior partida pelo Verdão. Lento e perdendo lances fáceis, não parecia nem de longe o zagueiro técnico e com muitos recursos que é. Chegou a perder na corrida para o Tuta, que pesa quase 100kg. Marcão também nunca foi unanimidade por onde passou, apesar de sua experiência. Maurício Ramos alterna bons e maus momentos.

Até o momento, a torcida palmeirense não tem do que reclamar. Apesar do contraste, a força do ataque tem compensado bem as falhas defensivas e o Verdão lidera o Paulistão de forma invicta. A expectativa é por um bom ano, lutando por todos os títulos que disputar.

Mas que o técnico Vanderlei Luxemburgo deve ter um olhar mais detalhado no sistema defensivo, isso deve!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Zero a zero esperado

Quem pensava que o jogo entre Inter de Milão e Manchester United, pelas oitavas-de-final da Champions League, pudesse ser cheio de gols, só podia estar errado.

De um lado estava Edwin Van der Sar, no comando de uma defesa há 15 jogos sem levar um golzinho sequer. De outro, Júlio César, que está pegando absurdos ultimamente.

Nem Cristiano Ronaldo, pelos Diabos Vermelhos, nem Ibrahimovic, pelo time de José Mourinho, conseguiram fazer a diferença. Esbarraram em imensos paredões. Os ingleses levaram um pouco de vantagem no confronto. Pressionaram o time italiano durante toda a primeira etapa e tomaram alguns sustos na segunda.

Júlio César teve atuação soberba, pegou tudo e mais um pouco, como já está fazendo há algum tempo. Ele vem mostrando que a camisa 1 da Seleção está em boas mãos e, sem dúvidas, é um dos três melhores goleiros do mundo.

Van der Sar teve menos trabalho, mas mostrou serviço nos momentos quando foi exigido. Mostrou que o incrível récorde de jogos sem levar gols não é à toa. Salvou bolas importantes e atingiu 16 jogos - ou 1472 minutos - sem ser vazado. Impressionante!

Enfim, o placar de 0 a 0 resume o momento das equipes. No confronto de grandes ataques, quem brilhou foram os goleiros.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Fator Mário Sérgio

A Portuguesa, recém rebaixada no Brasileirão, demitiu Estevam Soares na primeira rodada do Campeonato Paulista e o inferno rubro-negro parecia que seria sem fim. A diretoria logo se mexeu e contratou Mário Sérgio, técnico com péssimos trabalhos nos últimos anos. E a torcida logo se arrepiou.

Mais um ano de sofrimento? Não é o que parece. Sob o comando do treinador, apenas uma derrota. Derrota essa que aconteceu um dia após sua contratação, contra o São Paulo, quando dirigiu o time sem tê-lo treinado. Depois disso, oito jogos invicto e a quinta colocação na tabela do Paulistão.

O que Mário Sérgio trouxe de diferente para a Lusa? Basicamente, confiança. De que adiantava jogar bem se a equipe só vinha perdendo? Assim, o treinador fortaleceu o esquema defensivo da Rubro-verde. O jogo bonito deixou de existir, mas os resultados vieram.

Mário Sérgio, homem de declarações fortes desde os tempos de jogador, fechou o grupo com ele. Chegou até a dizer que o elenco lusitano é “uma ilha, no meio da guerra política que afeta o clube”. Sem contar a implicância da torcida, que ainda não “engoliu” o estilo de jogo do técnico.

Fato é que Mário Sérgio veio para levantar o moral da boa equipe da Portuguesa, que andava muito desmotivada. Se a Lusa classificar para as semifinais, não será surpresa e Mário Sérgio terá grande parcela de responsabilidade sobre isso.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fábio, Tevez é um sonho impossível

Estava em casa hoje de manhã quando, na hora do almoço, recebi o telefonema de um eufórico amigo corintiano: “Kura, o Tevez vai voltar para o Corinthians”. Retruquei de imediato. “Fábio, você está maluco, não existe essa possibilidade”. Logo entendi o entusiasmo dele ao ligar a televisão e sintonizar na Rede Bandeirantes, em um daqueles programas típicos dos canais abertos: sensacionalista e farto em especulações. Um dos integrantes alegava que o atleta estava querendo voltar ao clube do Parque São Jorge.


Mas a brincadeira ganhou contorno de esperança para o torcedor alvinegro nas declarações do polêmico diretor de futebol do Corinthians, Mário Gobbi. Em entrevista à rádio Jovem Pan, ele afirmou que Tevez é “um sonho, mas um sonho possível”. Tudo bem seu Gobbi, você é um especialista em jogar confetes para a multidão, mas o senhor não sabe o que significa contratar Carlitos Tevez.


O argentino não sofreu uma grave contusão recentemente, se encontra no auge da forma física e, para sua informação, defende as cores do Manchester United, ao contrário daquele quase ex-jogador em atividade que a diretoria gosta de se gabar por ter contratado. Uma coisa é trazer Ronaldo, desacreditado e sem time para atuar, outra, totalmente diferente, é tentar repatriar um dos jogadores mais cobiçados do futebol mundial.


Segundo a imprensa inglesa, os poderosos Real Madrid e Internazionale estariam interessados no futebol do craque, agenciado por Kia Joorabchian, aquele mesmo da MSI. E o West Ham, clube que detém os direitos federativos de Tevez, estipulou o preço do atacante em 106 milhões de reais. O argentino não deve ficar nos Diabos Vermelhos após o meio do ano, já que o contrato de empréstimo se expira, tampouco desembarcará no Parque São Jorge.


Por enquanto, Fábio, Gobbi e todos os corintianos devem se conformar com o time de hoje, composto de bons jogadores, aplicado taticamente. Tevez, quem sabe, daqui três, quatro anos. Hoje é um sonho impossível.


O poder do Gladiador!

Foram 15 minutos em campo. 2 gols, um cartão amarelo, e um vermelho. Assim é Kléber, o Gladiador que a torcida do Palmeiras passou a admirar. Jogou com raça. Eu, que sou fã do jogador, sabia de uma coisa, ele ia dar o sangue, aliás, ele vai dar o sangue, na Libertadores, e vai fazer gols, e vai ser expulso, porque o jogo dele é assim, quer carinho, vai pro colo da mamãe.

A torcida do Cruzeiro que me perdoe, mas podem nunca chegar a entender o valor de ter um jogador como ele no time. A torcida palestrina há de sentir falta, assim como ele vai sentir falta do Palmeiras.

Esse post pode soar como de torcedor, mas se eu torço por alguém é pelo Kléber, que por jogos como o de hoje, ganha cada vez mais minha admiração. Sei que eu tenha motivo racional para isso, o que é mais legal de tudo!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Raúl não supera nem Nistelrooy

por Antonio Karazumi

No último fim de semana, o atacante Raúl tornou-se o maior artilheiro da história do Real Madrid, ultrapassando o argentino Di Stéfano com os dois gols anotados na vitória sobre o Sporting Gijón, por 4 a 0.

Tal marca, de 309 tentos, atuando pelo time que mais vezes venceu a Copa dos Campeões – nove títulos –, poderia render ao atacante o rótulo de melhor jogador da história do clube merengue. Mas, particularmente, não coloco Raúl nem entre os cinco grandes do Real, longe disso. Reconheço nele um bom jogador, eficiente, mas sem as características de um craque. No próprio time atual, coloco o seu companheiro, Van Nistelrooy, em um patamar superior.

O espanhol ostenta um currículo de destaque no Santiago Bernabeu, que inclui três taças da copa européia, mas ficou marcado por fracassar com a seleção nacional. Com Raúl no elenco, a Fúria amargou péssimas campanhas em mundiais, ganhando o apelido de “amarelona”. E, foi só o atacante sair de ação, que a equipe voltou a triunfar em uma competição importante, a Eurocopa de 2008, depois de 44 anos.

È pouco para ser comparado a Di Stéfano, considerado por muitos argentinos melhor que o compatriota Diego Maradona.

A tendência do principal goleador dos grandes clubes não ser, necessariamente, unanimidade entre os torcedores, se confirma ao analisarmos os matadores das forças paulistas.

No Corinthians, quem lidera a lista é Cláudio Christóvam de Pinho, craque na década de 50, autor de 306 tentos, mas que é menos idolatrado que Rivellino e até Marcelinho Carioca, lembrado freqüentemente pela coleção de títulos ganhos no clube, além do pênalti perdido diante do Palmeiras, nas semifinais da Libertadores de 2000.

O São Paulo teve um artilheiro nato, Serginho Chulapa, que talvez seja mais venerado pelos torcedores santistas, onde ganhou destaque ao marcar o gol do título no Paulista de 1984, contra o Corinthians. Leônidas da Silva, criador da bicicleta, e Raí, comandante do esquadrão de Telê Santana, bicampeão mundial, são superiores a Chulapa.

Recordista de partidas pelo Palmeiras e gênio para os fãs verdes, Ademir da Guia não conseguiu superar os 284 gols de Heitor.

Somente no Santos, o maior goleador é também o melhor da história do time, mas esse dispensa comentários: Pelé.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Mancini terá de engolir a Fera

por Antonio Kurazumi

O Santos apresentou Vagner Mancini, um dos técnicos mais promissores em atividade no Brasil, que chega para substituir Márcio Fernandes. Comandante da boa campanha do Vitória no Brasileirão da temporada passada, o treinador tem a missão de arrumar o desentrosado time alvinegro para o restante do Campeonato Paulista, sem o tempo de treinamentos que o antecessor desfrutou para tentar organizar a casa.

Fora os problemas de campo, o técnico precisará resolver a briga declarada entre o goleiro Fábio Costa e o zagueiro Fabiano Eller, que estourou depois do revés frente ao Marília, por 1 a 0, em partida disputada na semana passada. Até o auxiliar técnico Serginho Chulapa, lembrado pela habilidade para fazer gols e pelo pavio curto, buscou apaziguar os ânimos, mas não obteve sucesso.

Em sua primeira entrevista, Mancini disse que ganhou carta-branca da diretoria alvinegra para resolver as pendências no elenco, ressaltando que não privilegiará atletas com história no clube. Um claro recado para o goleiro, remanescente da geração campeã brasileira em 2002.

Porém, suponhamos que Mancini decida afastar Fábio Costa, deixá-lo fora de seus planos. Teria respaldo da diretoria? Aposto que não. Antes de tudo, defendo a opinião daqueles que consideram a Fera um problema para o elenco, menos pelo talento, pois se trata de um goleiro de bom nível, mais pelas confusões que arruma com freqüência. Costuma brigar com torcedores – até atropelou um quando jogava no Corinthians – e não pensa duas vezes antes de discutir com os companheiros de equipe.

O problema para o novo comandante do clube praiano é que o maior defensor do arqueiro, justamente o presidente Marcelo Teixeira, renovou seu vínculo com o Santos até 2012, o que garantiu a Fábio um dos mais altos salários do elenco. Com isso, o Peixe teria que, provavelmente, pagar uma multa pesada para se desfazer do arqueiro. E se isso realmente acontecer? O inexperiente Douglas poderia substituir o tarimbado companheiro com apenas19 jogos no currículo?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A polêmica dos ingressos para o clássico

O assunto da semana no futebol paulista foi a decisão do São Paulo em destinar apenas 10% dos ingressos para a torcida do Corinthians no clássico do próximo domingo, no Morumbi. Desde então, a repercussão foi grande na mídia e aumentou a tensão para o jogo.

Os motivos, ao contrário do que anda sendo comentado, não é simplesmente o São Paulo usar seu estádio e fazer valer o fato de ser o mandante. A questão vai muito além da rivalidade, da vontade de ser maioria na sua própria casa ou qualquer outro motivo. O argumento tricolor é simples: lado financeiro.

O Morumbi, para quem não conhece, é dividido em quatro cores: azul e vermelho (nas laterais), laranja e amarelo (atrás dos gols). A arquibancada azul já é, há algum tempo, prioridade dos sócios-torcedores, que pagam uma mensalidade ao clube e compram ingressos pela metade do preço.

Além disso, tem a nova jogada de marketing do Tricolor, que é o Espaço Visa. A empresa de cartões de crédito, em parceria com o São Paulo, tem direito da venda de entradas para os setores vermelho e amarelo. Estes ingressos são vendidos desde o começo do ano, inclusive em forma de pacotes, o que impossibilita o repasse da área para torcidas adversárias. Afinal, muitos são-paulinos já garantiram sua ida ao estádio neste espaço.

Resta, então, a arquibancada laranja. Os torcedores não-sócios e que não compraram pelo cartão de crédito também têm direito de comprar seu ingresso. E a laranja é a área que restou. Por isso, esta parte é dividida entre são-paulinos e torcedores adversários.

A questão tricolor não é contra o Corinthians. A ação será contra qualquer adversário, seja Palmeiras, Santos, Boca Juniors ou Mirassol. Portanto, não houve má fé do São Paulo contra o rival alvinegro, como foi reclamado pelos corintianos.

O que pode ser questionado é a perda da neutralidade do Morumbi e o fim do "encanto" dos clássicos com estádio dividido. E a retaliação dos adversários, dando apenas 10% dos ingressos nos clássicos em que forem mandantes, seja no Pacaembu, no Palestra Itália ou na Vila Belmiro, é mais que justa e é aceita pelo próprio São Paulo.

No meu ponto de vista, o futebol perde muito com o fim do "confronto pacífico" das torcidas. É o fim de uma Era nos estádios paulistas. Mas faz tempo que o futebol passou a ser tratado como um negócio e o fim do "encanto" dos clássicos é apenas mais uma das consequências.

E você, o que acha da decisão do São Paulo em repassar apenas 10% dos ingressos aos rivais?


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Soy loco por ti, América!


Começa nesta terça a fase de grupos da 50.a edição da Copa Libertadores 2009. Neste ano, a disputa sinaliza ser intensa, com os clubes focalizando cada vez mais a conquista do maior título continental.

Pros lados brasileiros, vale ressaltar que temos detentores de 8 dos 13 títulos patrícios em campo, e os 4 clubes com mais participações (já contando 2009), Palmeiras (14), São Paulo (14), Grêmio (12), Cruzeiro (11), mais o estreante Sport Recife.

A Banca do Futebol vai tentar prever pra se enganar, mas faz parte do ofício jornalístico. Para não sermos apenas chutões, vamos checar a situação atual de cada clube, pois diz sr. Bruno Diniz, e eu discordo veementemente, tradição não ganha nada. Na Libertadores conta, e bastante!

Grupo 1: El grupo de la muerte?


PALMEIRAS (BRA) - (Paulista: 1.o lugar, 15p, 5v, 0e, 0d, 14gp e 3gc)
LDU QUITO (EQU) - (Apertura: 8.o lugar, 1p, 0v, 1e, 1d, 2gp e 3gc)
COLO-COLO (CHI) - (Apertura: 3.o lugar, 4p, 1v, 1e, 0d, 5gp e 2gc)
SPORT (BRA) - (Pernambucano: 1.o lugar, 25p, 8v, 1e, 0d, 21gp e 3gc)

O grupo com o maior número de campeões, com a atual campeã, LDU, é considerado por muitos o grupo da morte. Será mesmo? É fato que a equipe equatoriana não é mais a mesma, perdeu muitos jogadores, inclusive o técnico campeão no torneio passado, mas é sempre forte jogando em Quito. O Colo-Colo é um time costumeiramente chato, mas que entrega nas horas decisivas. Sport e Palmeiras pintam como os favoritos à classificação.

João: considerado o "Grupo da Morte", traz quatro times com potencial para se classificarem. Os tradicionais Palmeiras e Colo-Colo disputarão com a LDU, atual campeã, e o Sport Recife, o menos badalado do grupo, mas que conta com um time forte. O Palmeiras, com um ótimo começo de temporada, deve confirmar o favoritismo e ficar com a primeira vaga. O Colo-Colo leva vantagem na briga pela segunda vaga, já que a LDU viu a qualidade de seu futebol cair desde o título continental no último ano.

Bruno: Palmeiras e Sport.


Grupo 2: Boca e mais um...

BOCA JRS (ARG) - (Clausura: 5.o lugar, 3p, 1v, 0e, 0d, 2gp e 1gc)
GUARANÍ (PAR) - (Clausura 2008: 2.o lugar, 43p, 12v, 7e, 3d, 36gp e 17gc)
DEP. TÁCHIRA (VEN) - (Clausura: 11.o lugar, 5p, 1v, 2e, 1d, 3gp e 3gc)
DEP. CUENCA (EQU) - (Apertura: 11.o lugar, 0p, 0v, 0e, 1d, 0gp e 1gc)

Com 6 títulos e atual campeão argentino, o bicho papão Boca Jrs. desponta como franco favorito a líder do grupo. Provavelmente será o time com melhor pontuação na primeira fase, que lhe dará vantagens no mata-mata. A segunda vaga será uma briga por baixo, com certa vantagem para a equipe paraguaia, atual vice-campeã nacional.

João: apesar de sempre se complicar na fase de grupos, o Boca Juniors neste ano não tem nem como dificultar sua classificação. Concorrendo com Deportivo Táchira, Deportivo Cuenca e Guaraní, será o primeiro do grupo mesmo jogando com o time reserva. A briga pela segunda vaga deve ser dura, com os três times com chances parecidas. Mas pela qualidade do futebol de seu país, o paraguaio Guaraní leva ligeira vantagem!

Bruno: Boca e Dep. Táchira.


Grupo 3: River e os Nacionais...

RIVER PLATE (ARG) - (Clausura: 7.o lugar, 1p, 0v, 1e, 0d, 2gp e 2gc)
NACIONAL (PAR) - (Clausura 2008: 5.o lugar, 32p, 8v, 8e, 6d, 23gp e 22gc)
NACIONAL (URU) - (Apertura: 2.o lugar, 32p, 10v, 2e, 3d, 23gp e 13gc)
SAN MARTÍN (PER) - (Clausura 2008: 1.o lugar, 51p, 15v, 6e, 5d, 41gp e 20gc)

O River Plate tem tradição, mas se formos analisar os últimos resultados, a equipe argentina periga, grandemente, ficar de fora do mata-mata. Último lugar no Apertura 2008, o River começou a temporada perdendo dois jogos amistosos contra o Boca e com um empate no Clausura. O Nacional uruguaio já conquistou a Libertadores em 3 oportunidades e disputa no próximo dia 15 o título do Apertura com o Danubio. Já o xará paraguaio impressionou na fase pré-classificatória, ao vencer o El Nacional (EQU) fora de casa por 5 a 0. O San Martín chega como campeão nacional, mas pode sofrer com a falta de experiência.

João: dois clubes tradicionais em busca de reviver suas glórias. River Plate e Nacional (URU) são favoritos no grupo, mas o retrospecto recente não os ajuda e pode motivar Universidad San Martín e Nacional (PAR). O River, apesar do péssimo fim de ano em 2008, deve ficar em primeiro. O Nacional (URU), pela força da camisa, é o favorito pela segunda vaga, devendo apenas preocupar-se com o seu xará paraguaio, que venceu bem na Pré-Libertadores.

Bruno: Nacional (URU) e River Plate.


Grupo 4: Passeio Tricolor?

SÃO PAULO (BRA) - (Paulista: 3.o lugar, 13p, 4v, 1e, 1d, 9gp e 5gc)
AMÉRICA DE CALI (COL) - (Clausura: 4.o lugar, 29p, 8v, 5e, 5d, 25gp e 17gc)
DEFENSOR (URU) - (Apertura 2008: 3.o lugar, 30p, 9v, 3e, 3d, 23gp e 12gc)
IND. MEDELLÍN (COL) - (Clausura: 5.o lugar, 29p, 9v, 2e, 7d, 24gp e 19gc)

O hexacampeão brasileiro deve ser o líder do grupo, e de quebra conseguir uma boa pontuação para obter vantagens no mata-mata. As pedras no sapato do São Paulo podem ser os colombianos, principalmente o Independiente de Medellín, que eliminou com facilidade o tradicional Peñarol na fase pré-classificatória. O Defensor, que estréia hoje contra o América de Cali no Uruguai, vem melhorando suas colocações na Libertadores, eliminou o Flamengo em 2007 e caiu nos pênaltis para o Grêmio no mesmo ano, e pode almejar classificação se se impor em casa.

João: o Grupo 4 traz o São Paulo como favorito. Mas, com certeza, não será um grupo fácil para os paulistas. América de Cali, Independiente Medellín e Defensor Sporting devem dificultar a vida do São Paulo. Mesmo assim, os brasileiros dificilmente perdem a primeira posição do grupo. A segunda vaga deve ficar entre os dois colombianos, mas leve favoritismo ao tradicional America de Cali, mais acostumado ao clima da competição.

Bruno: São Paulo e Ind. Medellín.


Grupo 5: Altitude não deve ser problema

CRUZEIRO (BRA) - (Mineiro: 1.o lugar, 9p, 3v, 0e, 0d, 10gp e 3gc)
ESTUDIANTES (ARG) - (Clausura: 11.o lugar, 1p, 0v, 1e, 0d, 0gp e 0gc)
UNIV. SUCRE (BOL) - (Clausura 2008 - Grp B: 4.o lugar, 13p)
DEP. QUITO (EQU) - (Clausura 2008: 6.o lugar, 2p, 0v, 2e, 0d, 1gp e 1gc)

Sucre e Quito ficam a 2.800 metros do nível do mar e com certeza tem a altitude como principal força de seus times locais, o Universitário e o Deportivo. Cruzeiro e Estudiantes, bi e tri-campeões sul-americanos, respectivamente, não devem encontrar dificuldades se se prepararem para a falta de ar nas álturas bolivianas e equatorianas e vão brigar pela liderança, com vantagem para o Cruzeiro, que se reforçou bem e manteve jogadores como Ramirez e Wagner.

João: a rivalidade Brasil e Argentina deve definir primeiro e segundo colocados. O Cruzeiro tem o melhor time e deve, se nada correr mal, ser o primeiro da chave. O Estudiantes também deve ser classificar sem grandes problemas. Deportivo Quito e Universitario de Sucre tentarão complicar a vida dos favoritos, mas não devem ter êxito na tentativa.

Bruno: Cruzeiro e Estudiantes.


Grupo 6: Força Mexicana

CHIVAS (MEX) - (Clausura: 4.o lugar, 8p, 2v, 2e, 0d, 7gp e 5gc)
LANÚS (ARG) - (Clausura: 2.o lugar, 3p, 1v, 0e, 0d, 3gp e 1gc)
EVERTON (CHI) - (Apertura: 14.o lugar, 1p, 0v, 1e, 1d, 0gp e 1gc)
CARACAS (VEN) - (Torneo Clausura: 1.o lugar, 13p, 4v, 1e, 1d, 12gp e 6gc)

Aparentemente, este é o grupo em que os times mais se assemelham, com ligeiro acréscimo ao Chivas e queda ao Everton. Sempre forte e com imensa torcida, o Chivas deve fazer valer seu melhor futebol e favoritismo, mas não deve menosprezar o Lanús, equipes argentinas são sempre chatas, e o Caracas, vice-campeão do Apertura e líder do Clausura, que pode se empolgar jogando em casa. O Everton deve mesmo ser o coadjuvante do grupo.

João:
o favorito do Grupo é um time de fora da América do Sul: o mexicano Chivas. Caindo em um grupo fraco, deve ser o primeiro da chave. O Lanús é o favorito para a segunda vaga. Não tanto por mérito própri, mas pela fragilidade de Everton e Caracas, que devem apenas fazer figuração no grupo. Afinal, o Caracas não tem mais o bom time que se destacou em 2007.

Bruno: Lanús e Chivas.


Grupo 7: Estreantes não devem preocupar

GRÊMIO (BRA) - (Gaúcho: 6.o lugar, 7p, 2v, 1e, 2d, 13gp e 7gc)
U. DO CHILE (CHI) - (Clausura 2008: 1.o lugar, 38p, 12v, 2e, 4d, 39gp e 21gc)
AURORA (BOL) - (Clausura 2008: Campeão após bater o Blooming na final)
BOYACA CHICÓ (COL) - (Clausura: 14.o lugar, 20p, 6v, 2e, 10d, 17gp e 24gc)

O Aurora e o Boyaca Chicó estreiam na Libertadores e apesar do time boliviano ter conquistado a vaga sendo campeão do torneio nacional, vai se basear na altitude considerável de Cochabamba, 2500 m. O clube colombiano foi campeão do Apertura e caiu drásticamente de nível no Clausura. Grêmio irá brigar com La "U" pela liderança e deve ser o primeiro do grupo.

João: o Grêmio deve passear e levar a primeira posição com certa tranquilidade. Quem mais pode assustar é o Universidad de Chile, que também deve garantir a segunda vaga do grupo com facilidade. Boyacá Chicó e Aurora, sem tradição alguma na competição, devem se contentar apenas em estar entre os melhores times do continente. Mas não têm chances de avançar.

Bruno: Grêmio e La "U".


Grupo 8: A diferença de Almagro

SAN LORENZO (ARG) - (Clausura: 3.o lugar, 3p, 1v, 0e, 0d, 3gp e 1gc)
SAN LUÍS (MEX) - (Clausura: 6.o lugar, 7p, 2v, 1e, 1d, 5gp e 4gc)
LIBERTAD (PAR) - (Clausura 2008: 1.o lugar, 44p, 12v, 8e, 2d, 35gp e 17gc)
UNIVERSITARIO (PER) - (Clausura 2008: 10.o lugar, 34p, 8v, 10e, 8d, 31gp e 32gc)

Assim como o grupo 6, este grupo não possui campeões da Libertadores e está bastante equilibrado. Mas, assim como no grupo 6, diferenças favoritam o San Lorenzo e prejudicam o Universitario. O time de Almagro é muito forte em casa e disputou até os últimos jogos o título do Apertura. Deve ser o primeiro. San Luís e Libertad brigam pelo segundo lugar, com vantagem ao clube paraguaio, atual campeão nacional.

João: o San Lorenzo é a equipe mais tradicional e tem grandes chances de ficar com a primeira colocação. Deve enfrentar o Libertad, que vem ganhando força ano-a-ano no torneio, apesar de ter caído na primeira fase no último em 2008. De qualquer forma, os paraguaios devem ficar com a segunda vaga. Os mexicanos do San Luis devem brigar por essa segunda vaga, mas correm por fora. O Universitario não deve fazer grande papel no torneio.

Bruno: San Lorenzo e San Luís.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fim de linha para Felipão no Chelsea

O Chelsea acaba de demitir o brasileiro Luiz Felipe Scolari (foto). O técnico, pentacampeão com a Seleção Brasileira em 2002, ficou apenas 7 meses à frente do time inglês e não suportou o empate dentro de casa contra o modesto Hull City, no último final de semana, que fez os Blues caírem para a quarta posição.

Na curta passagem pela Inglaterra, Felipão se envolveu em algumas confusões. O treinador chegou a ser questionado pelos líderes do elenco, como Terry e Lampard, sobre o seu estilo de jogo e, principalmente, a fraca carga de treinamentos da equipe.

Após uma boa passagem pela seleção de Portugal, o brasileiro coleciona o seu primeiro fracasso no Velho Continente. A demissão de Felipão reforça a ideia de que os treinadores brasileiros dificilmente se dão bem na Europa.

Antes dele, Luxemburgo saiu frustrado do Real Madrid, após fazer boa campanha à frente do time meregue e, mesmo assim, ser dispensado. Zico, comandando o Fenerbahce, foi quem conseguiu maior êxito. Mesmo assim, não ganhou moral suficiente para dar-lhe um lugar em uma equipe de maior expressão e agora treina o CSKA, da Rússia.

E você, acha que os treinadores brasileiros estão abaixo do nível do futebol europeu?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Fluminense é um passo atrás sim!

O Fluminense apresentou o meia Thiago Neves na tarde de ontem. A contratação foi tratada como um grande presente para a torcida tricolor e tudo mais, porém o novo camisa 10 "tropeçou" e disse, em plena apresentação, que voltar ao Flu é "um passo atrás para depois dar dois para frente".


O nível intelectual do Thiago Neves a gente já conhece. Claro que falou isso sem pensar, mas, mesmo assim, falou a pura verdade. O grande problema é que torcedor não aceita isso. Ou alguém acha que jogar no Fluminense é melhor que jogar na Europa, o sonho de todo jogador?
Temos que parar com a hipocrisia no futebol, tanto na imprensa quanto na torcida. Thiago Neves - que não é craque nem aqui e nem na China - deu enormes passos, gigantes saltos para trás na carreira. Além disso, foi mais um dos despreparados que contribuiu para manchar um pouco mais a imagem do jogador brasileiro na Europa.
O que não dá pra entender é o Fluminense pegar um jogador desses por empréstimo de seis meses. No que ele vai contribuir até o meio do ano? Para um suposto título carioca? Ah... faça-me o favor! É muito oba-oba e pouca ação prática. É por isso que o futebol carioca segue a passos largos... PRA TRÁS!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Falta de comando?

O goleiro Rogério Ceni teve uma noite infeliz na quarta-feira, contra o Bragantino. Além de falhar feio no gol dos visitantes, o arqueiro saiu machucado ainda no primeiro tempo. A lesão é na coxa, a mesma que tirou Ceni do jogo contra a Portuguesa, na segunda rodada do Paulistão.

Na época, a recuperação de Rogério surpreendeu a todos. Alguns, mais ressabiados, imaginavam o perigo de uma volta prematura. Afinal, o goleiro ficou fora de apenas uma partida, voltando a atuar no fim de semana seguinte. O tempo estimado para sua volta era duas semanas. E todos sabem que lesão muscular não é tão simples.

A volta de Ceni foi precipitada, além de desnecessária. Começo de Paulistão, sendo que todos no elenco são-paulino deixam claro que o objetivo é a Libertadores. Era hora de se guardar e se recuperar 100% da lesão. Mas a ânsia de estar em campo atrapalhou.

Talvez tenha faltado pulso ao técnico Muricy Ramalho e aos médicos do São Paulo. Era o caso de deixá-lo de fora por mais uma semana, avaliando a lesão. Mas a palavra de Rogério sempre teve um peso diferente no Morumbi. Ele tem poder de decidir se joga ou não!

A vontade de Rogério, maior jogador da história do Tricolor indiscutivelmente, é admirável. Mas esta vontade jamais pode passar por cima do São Paulo, que foi o maior prejudicado com a perda do goleiro, que só deve voltar ao time na estreia da Libertadores.

Altitude? Nem percebi!

Ontem o Palmeiras foi a Potosí, na Bolívia, enfrentar o Real, pela fase preliminar da Libertadores da América. Temidos 3.800 metros de altitude, onde nenhum time brasileiro havia conseguido vencer – o Flamengo empatou, em 2007, e o Cruzeiro tomou de cinco, em 2008.

E o Palmeiras, que já tinha garantido a classificação no Palestra Itália ao vencer por 5 a 1, voltou a ganhar do fraco time boliviano. Dessa vez, um 2 a 0, gols da dupla Cleiton Xavier e Keirrison - ou CX10 e K9, para os mais íntimos. No entanto, o que chamou a atenção não foi a inédita vitória, mas sim a forma com que a equipe se portou em campo.

A assustadora altitude não influenciou no rendimento da equipe de Vanderlei Luxemburgo, que abusou das jogadas rápidas em contra-ataque. O único a sentir as consequências do ar rarefeito foi o meia Willians, que correu muito no primeiro tempo e se cansou rápido. Os demais jogadores pareciam estar atuando ao nível do mar. Uma adaptação impressionante.

Quando outras equipes preferem compram equipamentos caríssimos, que sugerem as condições atmosféricas bolivianas, o Palmeiras inovou. Os titulares foram para a Bolívia uma semana antes e ficaram em Sucre, que fica aos 2.900 metros de altitude. Os reservas jogaram no final de semana e viajaram na segunda-feira. Em vez de fazer o percurso Sucre-Potosí de ônibus, como qualquer equipe, os palestrinos alugaram 12 carros de luxo e o time pode fazer a viagem de cerca de 3 horas no conforto absoluto.

Não tem como dizer que essa estratégia tenha sido perfeita por causa do desempenho dentro de campo. Mas que ajudou, ajudou.

A resposta dada pelos palmeirenses me fez pensar sobre aquele episódio quando o Flamengo foi enfrentar o Real Potosí. Jogadores precisaram de oxigênio na beira do campo,o goleiro Bruno quase desmaiou após bater um tiro de meta e os dirigentes entraram com um apelo na Fifa para proibir as partidas "em cima do morro".

Será que as alturas de Potosí influenciam tanto assim na atuação de atletas profissionais bem preparados? Será que não faltou a devida preparação para os outros brasileiros que foram jogar lá?

Qual sua opinião sobre partidas realizadas em cidades com a altitude superior aos 2.500 metros?

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O valor de ser o melhor do estado!

A questão do momento no meio futebolístico nacional, como é de costume todo começo de ano é discutir a relevância dos campeonatos estaduais. Após a afirmação do formato de pontos corridos do Campeonato Brasileiro, os torneios dos estados perderam um pouco seu brilho.

Torcidas, clubes, dirigentes e imprensa não veêm a hora do Brasileirão começar e tratam os estaduais como meros preparatórios. O fato da Libertadores e Copa do Brasil serem disputada no primeiro semestre contribuiu para o afastamento do interesse do público nos Paulistas, Cariocas, Mineiros, Gaúchos...

Pois, pra quem não sabe, valorizar a Libertadores é coisa recente, de 1990 pra cá. E eu digo valorizar de verdade. A Copa do Brasil então, iniciada em 1989, demorou para cair no gosto dos torcedores, que agora vislumbram mais do que nunca uma vaguinha para o torneio continental mais importante das Américas.

Analisando friamente, o Paulistão, pegado aqui como exemplo por ser, indiscutivelmente, o mais forte dos campeonatos estaduais, é a quarta força em termos de importância no calendário bretão brasileiro. Ficando à frente apenas da Copa Sul-Americana, que deve ultrapassá-lo em alguns anos, se for trabalhada direito.

Na Europa não existem esses torneios regionais ou estaduais, também pudera, alguns países são menores que estados brasileiros, a Holanda, exemplo, é do tamanho da Vila Mariana (ou seria Vila Madalena? hehe). Ali não funciona. Mas o Brasil é um País continente.

Muitos falam que o nível dos clubes não-grandes, sejam do interior ou não, cai a cada ano. Fato facilmente desmentido quando lembramos da semi-finais do Paulistão passado, onde Guaratinguetá e Ponte Preta ostentavam seus lábaros e bom futebol para todo o estado.

O que mais me incomoda na verdade é o termo usado por alguns jornalistas e até torcedores: Paulistinha. É muita falta de respeito e hipocrisia. Um campeonato tão antigo e tão tradicional não pode ser tão diminuído assim. Principalmente por quem, no ano passado mesmo, o considerava Paulistão. Não quero aqui vangloriar e nem aumentar louros ao torneio paulista, mas se não quiserem aumentar, que tratem como Campeonato Paulista, oras.

Muitos torcedores comemoraram títulos estaduais e acredito que corinthianos gostam de saber que seu time possui o maior número de conquistas. É um campeonato, e como todo campeonato, vale a disputa, vale um caneco que será ostentado nas salas de troféu por aí a fora. Não é só por causa da importância maior para outros torneios que esses campeonatos devem ser tratados no diminutivo. Fica de fora de uma fase final para você ver como cai bem, fica.

E para vocês, ó amigos leitores da Banca, qual a importância do Campeonato Estadual?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Pane tricolor e fim da invencibilidade

Após cinco meses e meio, ou 22 jogos, o São Paulo voltou a perder. A invencibilidade chegou ao fim neste domingo, contra o Santo André, em pleno Morumbi. A derrota por 2x0 fez o Tricolor ficar de fora do G4 do Paulistão e trouxe de volta o velho e costumeiro mau humor do técnico Muricy Ramalho, que distribuiu respostas secas e grossas aos jornalistas.

Em campo, o São Paulo continua com o mesmo estilo de jogo característico em 2008. O toque de bola, a forte defesa e a falta de criatividade são marcas registradas do Tricolor, que encontra grandes dificuldades ao enfrentar times mais fechados. A solução, como sempre, passa a ser os cruzamentos na área, buscando Washington, mas com um aproveitamento baixíssimo.

Hugo, o articulador do time, não chega nem próximo de um meia armador. É um ponta de lança, quase um segundo atacante. Faz gols, sabe dar combate (fato muito importante para Muricy), mas não sabe criar. Hernanes pode ser adiantado, mas assim perde todo efeito surpresa de sua chegada como volante. Dagoberto é muito ofensivo e carrega demais a bola para jogar nesta função. Arouca tem um ótimo toque de bola, mas é segundo volante.

Ou seja, falta o tal meia. O papo não é novo, afinal, Muricy pede um camisa 10 desde a saída de Danilo, no final de 2006. A especulação já girou em torno de muitos nomes, como Conca, Juninho Pernambucano e Verón. Mas o fato é que não virá ninguém e o treinador terá que se virar com o elenco que tem. Elenco, diga-se de passagem, muito bom. Mas sem o tal meia!

E aí, mesmo assim o Tricolor chega como favorito para a Libertadores, o Paulistão e, mais tarde, o Brasileirão? Você acha que Muricy tem em mãos o melhor elenco do Brasil?