Ontem o Palmeiras foi a Potosí, na Bolívia, enfrentar o Real, pela fase preliminar da Libertadores da América. Temidos 3.800 metros de altitude, onde nenhum time brasileiro havia conseguido vencer – o Flamengo empatou, em 2007, e o Cruzeiro tomou de cinco, em 2008.
E o Palmeiras, que já tinha garantido a classificação no Palestra Itália ao vencer por 5 a 1, voltou a ganhar do fraco time boliviano. Dessa vez, um 2 a 0, gols da dupla Cleiton Xavier e Keirrison - ou CX10 e K9, para os mais íntimos. No entanto, o que chamou a atenção não foi a inédita vitória, mas sim a forma com que a equipe se portou em campo.
A assustadora altitude não influenciou no rendimento da equipe de Vanderlei Luxemburgo, que abusou das jogadas rápidas em contra-ataque. O único a sentir as consequências do ar rarefeito foi o meia Willians, que correu muito no primeiro tempo e se cansou rápido. Os demais jogadores pareciam estar atuando ao nível do mar. Uma adaptação impressionante.
Quando outras equipes preferem compram equipamentos caríssimos, que sugerem as condições atmosféricas bolivianas, o Palmeiras inovou. Os titulares foram para a Bolívia uma semana antes e ficaram em Sucre, que fica aos 2.900 metros de altitude. Os reservas jogaram no final de semana e viajaram na segunda-feira. Em vez de fazer o percurso Sucre-Potosí de ônibus, como qualquer equipe, os palestrinos alugaram 12 carros de luxo e o time pode fazer a viagem de cerca de 3 horas no conforto absoluto.
Não tem como dizer que essa estratégia tenha sido perfeita por causa do desempenho dentro de campo. Mas que ajudou, ajudou.
A resposta dada pelos palmeirenses me fez pensar sobre aquele episódio quando o Flamengo foi enfrentar o Real Potosí. Jogadores precisaram de oxigênio na beira do campo,o goleiro Bruno quase desmaiou após bater um tiro de meta e os dirigentes entraram com um apelo na Fifa para proibir as partidas "em cima do morro".
Será que as alturas de Potosí influenciam tanto assim na atuação de atletas profissionais bem preparados? Será que não faltou a devida preparação para os outros brasileiros que foram jogar lá?
Qual sua opinião sobre partidas realizadas em cidades com a altitude superior aos 2.500 metros?
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Altitude? Nem percebi!
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4 comentários:
Não assisti ao jogo ontem, muito menos joguei na altitude. Mas acho que o rendimento dos jogadores cai, sim. Mas também não serve como desculpas para eventuais derrotas.
O Palmeiras foi lá e venceu porque tem o time INFINITAMENTE superior ao Potosí. Aliás, o Mirassol tem um time superior ao Potosí. Assim como o Guarani, o Botafogo-SP e um monte de equipes que disputam o Paulistão.
Mas o importante é que o Palmeiras cumpriu sua obrigação. Venceu os dois jogos, classificou-se com autoridade e agora deve pegar o grupo da morte, contra LDU (atual campeã), Sport (aquela pedra no sapato) e Colo-Colo (sempre chato)!
As coisas tendem a ficar mais difíceis, mas nada que preocupe tanto o torcedor entusiasmado palmeirense!
O Potosí é infinitamente pior q o Palmeiras, é verdade, mas é o mesmo Potosí que enfiou 5 no Cruzeiro, venceu o Paraná por 3 a 1 e empatou com o Flamengo.
O fato em discussão é o efeito da altitude e a preparação ideal. Times brasileiros e até a Seleção se "pelam" de medo de jogar perto das nuvens e, ao meu ver, já entram psicologicamente abalados e isso influencia no rendimento.
Agora, acho que o Palmeiras entra favoritíssimo ao primeiro lugar do grupo, não por bater o pobre Potosí, mas pela forma que vem jogando.
LDU não é a mesma equipe que ganhou o ano passado. Nem o técnico é o mesmo. Colo colo é aquela história que já conhecemos: jogam como nunca e perdem como sempre. O Sport é o adversário mais perigoso mesmo e deve ficar com a segunda vaga caso não tropece contra os estrangeiros.
Lógico que a altitude interfere no rendimento. Isso não é algo inventado! Pode ser que o lado psicológico piore a situação. Mas que é muito mais complicado, isso é!
Mas a altitude não deve servir de desculpa para eventuais derrotas. Afinal, tá provado que os donos da casa, com times fracos, perdem lá também. Enfrentar a LDU, que também é altitude (apesar de menor), é muito mais complicado, mas pelo nível técnico da equipe.
E o Palmeiras é candidato a primeiro do grupo, sim. Como sempre deve ser. Mas não me surpreenderá se cair logo na primeira fase.
Mas se serve consolo... falei a mesma coisa do Fluminense no ano passado e QUASE queimei a língua! hahaha
O Real Potosí não é profissional. Sério! e Fim.
Como eu já disse, e repito, a altitude só faz mal para os clubes que "dependem" dela, pois eles se valem por ajudas geográficas e acabam diminuindo o investimento ou a vontade de melhorar o futebol em si. Vide jogadores do Potosí, que nem em forma estavam. Eu, com minha obesidade, jogaria fácil nesse time.
Quanto ao grupo do Palmeiras, acho que será dificil, mas não tanto quanto parece, um nível normal até. Colo-Colo deve ser o mais chato de ganhar, sério mesmo. LDU não é mais a mesma, e o Sport vai sentir o peso da falta de tradição.
Aposto em Palmeiras líder e os chilenos em segundo.
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