Há muito que o romantismo do futebol não existe mais. A exigência da força física acabou, de certa forma, com o futebol-arte que era praticado quando conquistamos nossos três primeiros títulos mundiais. Agora, outro motivo preocupa aqueles que prezam pelo futebol moleque do brasileiro: o olhar eletrônico.
A malandragem e a catimba estão com seus dias contados, pois o poderosíssimo STJD está de olho em tudo. No Brasileirão já vimos uma série de demonstrações de como esse orgão pode atrapalhar. O primeiro caso de repercussão foi a entrada criminosa do Edmundo, do Palmeiras, no Miranda, do São Paulo. O juizão, senhor Sálvio Espíndola, deu falta... e só. Mas os engravatados decidiram que foi pouco e deram dois jogos de gancho para o Animal.
Como eu já disse, a solada foi feia, mas se o árbitro nem cartão deu, então o segue o jogo!
Depois o veio o episódio da censura aos técnicos. Muricy Ramalho, também do São Paulo, falou (mal) da absolvição do Dodô no caso de doping e foi a julgamento. Joel Santana, do Flamengo, furioso com o olé, que estava tomando do Santos, mandou o time "dar porrada". Onde já se viu mandar bater? Como se isso nunca tenha existido no futebol. Não deu outra. Denunciado e julgamento. Renato Gaúcho, revoltado com os erros da arbitragem contra o seu Fluminense, foi enfático: "O Fluminense está sendo roubado!!!". Que absurdo!!! Julgamento nele.
E, nos últimos dias, mais dois casos. O Corinthians vencia o Botafogo por 3 a 2, na semana passada e Vampeta, ao ver que seria substituído, se atirou no gramado para fazer cera e ser retirado de maca. Esse lance é visto há anos nos gramados pelo mundo e ninguém reclama, afinal, o juiz pode acrescentar o tempo perdido. Mas os promotores almofadinhas, que nunca jogaram bola na vida, acham errado e agora querem punir o volante do Timão.
Fato parecido aconteceu com o meia Roger, no Fla-Flu de quinta passada. O Meia do Flamengo foi expulso e, na ânsia de querer levar alguém junto com ele, simulou uma cotovelada do zagueiro rival, Luiz Alberto. Não conseguiu e agora ainda corre o risco de ser suspenso pela simulação.
Até onde as câmeras podem influenciar no futebol? Será que o futebol vai perder a essência das discussões e nunca mais poderemos ver as molecagens e catimbas que até mesmo Pelé, o Rei do Futebol, cansou de fazer?
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
A era do olhar eletrônico
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3 comentários:
Eu acho uma palhaçada. Não deve ter câmeras pra nada, a não ser transmissão televisa. Para julgar as ações do jogo temos os juízes, oras!
O tribunal, que atende mais a interesses do que julga com imparcialidade, deveria cuidar de outras coisas.
Quero a volta do romantismo no futebol! ehhe
Abraços!
Futebol arte é coisa de viado.....como balé !!!
O STJD quer só chamar a atençao.
O Joel manda bater e é inocentado?
Vejam o caso do Gavillan que arrancou 4 dentes do evandro do atlético PR e foi inocentado?
tem é que deixar rolar solta a briga...
o olhar eletrônico deveria ser liberado para os juízes.....isso sim/!!!
Milhões de dólares em jogo, e os árbitros não são profissionalizados, não tem ajuda e apitam do jeito que querem porque claramente não tem ninguém orientando a classe...
uma vergonha!!!
Ótimo assunto..
Eu acho que tudo isso faz parte do futebol..errar é humano e o máximo que pode-se fazer é melhorar o rendimentos dos árbitros, como disse o Roberto.
Futebol não combina com tecnologia, e imagino que ficaria muito chato se existissem chips para detectar quando a bola ultrapassar as linhas, ou qualquer outra coisa do tipo...
Da mesma maneira, acho que se o Juiz errou durante a partida, já era...não tem que ir pra tribunal nenhum e punir o que ja passou...perde a graça...
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